Nas assembleias, os alunos a favor e contrários à greve expuseram os argumentos antes da votação. As medidas sucateadoras da educação públicas, propostas pelo governo federal, são as principais causas da greve estudantil.
A greve dos alunos se junta à dos servidores técnico-administrativos da universidade, aprovada em assembleia também nesta quarta-feira e prevista para ter início na próxima quarta-feira (16). Já nesta sexta-feira (11), os docentes se reúnem em assembleia para deliberar sobre a deflagração de greve.
O movimento dos servidores reivindica a não aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, a PEC do Teto dos Gastos, e a manutenção e o cumprimento do acordo da greve de 2015 por parte do governo federal, que informou desconhecer as tratativas assinadas pelo governo anterior e pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Os docentes e servidores se alinham aos estudantes secundaristas e universitários que ocupam escolas estaduais e prédios da Ufes contra as propostas que representam o sucateamento da educação, saúde e serviços públicos.
As medidas que retiram direitos dos trabalhadores estão expressas no Projeto de Lei (PL) 257/16 e na PEC 55 – que está no Senado e tramitou na Câmara como PEC 241 –, que propõem sérios prejuízos aos serviços públicos, com congelamento de salários, fim dos concursos públicos e a terceirização e privatização irrestrita.
O PL 257 desmonta os serviços públicos e penaliza a população. Ele acarreta no fim dos concursos públicos, demissões e privatização, aumenta a contribuição previdenciária de 11% para 14%, e impede aumento de salário (inclusive de aposentados) por 20 anos.