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​Em assembleia, servidores do Ifes decidem não entrar em greve

Marcus Podestá afirma que é preciso estar presente na instituição de ensino para combater desinformação do governo federal

Professores e técnicos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) decidiram, em assembleia realizada nesta quinta-feira (2), não aderir ao movimento grevista já consolidado em outros oito estados. Foram 29 votos contrários, sete favoráveis, e quatro abstenções. Os trabalhadores irão manter o indicativo de greve e fazer duas paralisações no mês de junho, uma no dia 9 e outra no dia 15.

Até o momento, servidores dos institutos federais dos estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Alagoas já decretaram greve. Os servidores querem reposição das perdas salariais, que somam cerca de 20% somente no Governo Bolsonaro (PL); arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, que trata da reforma Administrativa; e revogação da Emenda Complementar 95, aprovada em 2017 e que congelou o investimento em políticas públicas por 20 anos.

O diretor do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe Seção Sindical Ifes), Marcus Podestá, afirma que “não faltam motivos para entrar em greve, mas é preciso levar em consideração a conjuntura”, que, de acordo com ele, é de desinformação, estimulada pelo Governo Bolsonaro (PL) por meio da disseminação de fake news.
Diante disso, aponta, uma greve esvaziaria a instituição de ensino em um momento no qual é necessário estar nela para dialogar com a comunidade e esclarecer sobre as reivindicações discutidas na assembleia e também sobre o bloqueio de verbas às universidades e institutos federais no montante de R$ 3,23 bilhões, o que corresponde a 14,5% da dotação orçamentária do Ministério da Educação (MEC).
O bloqueio foi comunicado na última sexta-feira (27), por meio do Sistema Integrado de Informação Financeira do Governo Federal (Siafi). A alegação é “cumprir a regra do teto de gastos estabelecida pela Emenda Constitucional nº 95/2016”, que congelou o investimento em políticas públicas, como as de Educação, durante 20 anos.
Outro motivo para não aderir à greve, ressaltou Marcus, é o fato de que muitos estudantes ingressaram na instituição de ensino durante a pandemia do coronavírus, com aulas remotas, e somente agora estão conhecendo o campus e tendo experiência presencial.

Os alunos do Ifes, inclusive, conforme deliberado na assembleia, construirão junto com os servidores o dia de paralisação a ser realizado em 9 de junho. Tanto essa atividade quanto a do dia 15 ainda serão discutidas para se decidir como serão executadas.


Professores e técnicos do Ifes sinalizam deflagração de greve

Em oito estados a greve nos institutos federais já foi aprovada. Clério Lucas afirma que, no Estado, o clima é de adesão


https://www.seculodiario.com.br/educacao/professores-e-tecnicos-do-ifes-sinalizam-possibilidade-de-greve

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