Estão previstas ações como carreata, pressão aos parlamentares do Estado e ações judiciais
O Coletivo Educação pela Base, Coletivo Educadores pelo Socialismo e Professores Associados pela Democracia em Vitória (PAD-Vix) reuniram cerca de 600 profissionais em plenária virtual nessa segunda-feira (28), para deliberar ações de mobilização contra o retorno das aulas presenciais no ensino fundamental e médio anunciado pelo governo do Estado. Entre os encaminhamentos, estão a realização de carreata, pressão aos parlamentares do Estado e ações judiciais contra a gestão Renato Casagrande.
O integrante do Coletivo Educação pela Base, Antônio Barbosa, aponta que uma das medidas é reivindicar que os conselhos de escola se manifestem contra o retorno presencial, assim como os municipais e estadual de educação. Segundo ele, o Conselho Estadual de Cultura já se posicionou, por meio de moção, ressaltando aspectos como o alinhamento entre cultura e educação e as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para manter “todas as escolas fechadas durante o ano de 2020, para garantia da segurança de alunos, professores, comunidade escolar e de toda a sociedade capixaba diante da pandemia de coronavírus”.
Os professores também aprovaram a iniciativa de mover ações judiciais para impedir as aulas presenciais. “O Sinpro [Sindicato dos Professores do Estado (Sinpro) falou que vai entrar. O Sindiupes [Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo] diz que vai analisar. Nós apoiamos a busca pelos meios legais para a decisão do governo ser revogada”, diz Antônio.
Os professores decidiram, ainda, pela realização de plenárias regionais para alcançar o maior número de professores possíveis de todo o Estado. “Na plenária de segunda teve professores de todo o Estado, mas queremos fazer as plenárias regionais para descentralizar as discussões”, afirma Antônio.
O ensino médio será o primeiro a voltar na rede pública, com metade dos alunos na primeira semana e a outra metade na semana seguinte.
Feita uma avaliação do impacto, retorna o fundamental 2, também em duas etapas; seguido do fundamental 1; e por último, a educação infantil, esta, porém, de forma diferente, apenas com pequenos grupos de crianças por vez. Todo o processo deve durar seis semanas.