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Entidades voltam a se manifestar contra retorno das aulas presenciais no Estado

Petição com 6,5 mil assinaturas foi entregue a governo Casagrande; ato também foi feito em frente ao Palácio Anchieta

Diversas entidades demonstraram, nesta quinta-feira (24), posição contrária ao possível retorno das aulas no Estado em outubro. Uma petição com mais de 6,5 mil assinaturas foi entregue ao governo Renato Casagrande (PSB), por meio de protocolo oficial, reivindicando o não retorno do ensino presencial sem a vacinação contra a Covid-19. Em outro ato, estudantes e professores fizeram manifestação em frente ao Palácio Anchieta, no Centro de Vitória. 

A petição pede para que o governador “proteja nossas crianças, seus pais e avós, os trabalhadores da Educação, assim como toda sociedade, não permitindo a volta às aulas enquanto não for feita a vacinação, e seguindo todas as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS)”. O protocolo do documento foi realizado pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo (Sindipúblicos), Tadeu Guerzet; pelo coordenador do Coletivo Educação pela Base e professor da Rede Estadual, Antônio Barbosa; e por Alessandro Chakal, conselheiro Estadual de Cultura e representante do Movimento Sobreviva Brasil.

Além dessas entidades, organizaram a coleta de assinaturas o Sindicato dos Professores (Sinpro), Centro de Estudos Bíblicos do Espírito Santo (Cebi-ES), Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), Corrente Sindical e Popular Resistência e Luta, Coletivo Luta Unificada dos Trabalhadores da Educação (Lute), Coletivo Mães Professoras Unidas pela Vida, Coletivo Inventando Moda e Produzindo Artes, Brigadas Populares, Pastoral Operária, Sindicato dos Jornalistas, Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Espírito Santo (Sindsaúde/ES), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes) e Círculo Palmarino. 
A petição destaca a pesquisa DataFolha de 17 de agosto de 2020, que aponta que 79% dos brasileiros dizem que reabertura de escolas no país agravará a pandemia, sendo que 59% disseram que vai agravar muito, 20% que vai agravar pouco; e 79% que as escolas devem permanecer fechadas nos próximos dois meses. A petição continua aberta para novas assinaturas. 
Já a manifestação em frente ao Palácio Anchieta, realizada no final da tarde, teve como reivindicação comum dos participantes o não retorno das aulas presenciais no próximo mês – prevista primeiro para o ensino médio -, segundo a professora Brenda Melo. Entre os estudantes, como aponta, têm aqueles que reivindicam o retorno presencial somente quando houver vacina, enquanto outros acreditam que isso pode acontecer quando houver condições sanitárias, com, por exemplo, testes para todos trabalhadores e estudantes, além de estrutura física adequada.
Brenda relata que, com apoio de diversas entidades, inclusive algumas que não são da área da educação, como o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro) e o Sindicato dos Técnicos do Espírito Santo (Sintec), os manifestantes conseguiram um carro de som, mas a Polícia Militar (PM) impediu sua utilização. “Descemos e fomos até a avenida. Fechamos uma via e tivemos o apoio das pessoas. Como podemos dizer que estamos em uma democracia se proíbem até mesmo a utilização de um carro de som?”, questiona. 
Os manifestantes também empilharam bonecos de pano em meio a cruzes em frente ao Palácio para simbolizar o risco de morte para trabalhadores e estudantes diante do possível retorno presencial em outubro. Entre as entidades que participaram do protesto estão o Movimento Popular de Juventude (MPJ) e União da Juventude Comunista

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