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Estudantes bolsistas da Ufes ocupam Reitoria por pagamento de auxílios

Os estudantes da Universidade Federal do Estado (Ufes) que recebem bolsas e assistência estudantil ocuparam a Reitoria da instituição diante da possibilidade do não pagamento das bolsas e dos auxílios da assistência estudantil na data prevista – o que de fato não aconteceu. Esta terça-feira (8) marca o sexto dia útil do mês e o pagamento deveria ter sido feito até o quinto.

A ocupação prossegue nesta terça-feira. Os estudantes buscam abrir negociação com o reitor da universidade, Reinaldo Centoducatte. Eles querem a garantia de atendimento da pauta de reivindicações, que vai além do pagamento dos auxílios e bolsas.

Os estudantes pedem a comprovação, por meio de um documento, que apresente a perspectiva do pagamento imediato de todos os auxílios da assistência estudantil e das bolsas que estão atrasadas; uma reunião conjunta com a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV) e a Reitoria para garantir a prorrogação do prazo de recarga do passe escolar por pelo menos uma semana após o pagamento do auxílio, além de garantir a possibilidade da recarga do passe escolar no período do recesso escolar e a manutenção de funcionamento do cartão de gratuidade; e que o  auxílio material e transporte sejam garantidos nos 12 meses do ano.

Além disso, os estudantes também pleiteiam que a Reitoria viabilize a realização de um seminário para formular uma resolução que estabeleça a contratação dos bolsistas do Programa de Aperfeiçoamento Didático (PAD) com a Ufes, que será construído por uma comissão indicada em Conselho de Entidades de Base (CEB) e que tenha participação da administração central; e ainda que a Reitoria se comprometa documentalmente com a elaboração de um calendário de pagamento dos bolsistas PAD com divulgação num prazo que vença na primeira semana do semestre 2016/1.

A pauta de reivindicações dos estudantes tem 12 pontos que também contemplam a proposta de moradia estudantil, aviso prévio em caso de atraso no pagamento das bolsas, não criminalização dos estudantes que participam da ocupação, criação de um grupo de trabalho para auditoria nas contas da universidade, garantia de férias para bolsistas PAD com duração de 30 dias durante o recesso, comprometimento da Reitoria em dar prosseguimento à tramitação de proposta acerca do Programa de Transição das bolsas PAD para bolsas de iniciação científica, e que o Restaurante Universitário (RU) permaneça aberto durante as férias, servindo café da manhã, almoço e jantar.

Desde o início do ano os estudantes têm se mobilizado por meio de atos públicos, greves de bolsistas e ocupações de Reitoria, lutando contra os ajustes que culminam nos atrasos de bolsas, falta de ônibus para os encontros, atraso nos salários dos trabalhadores tercerizados, abuso da vigilância patrimonial, falta de iluminação e ambientes seguros nos campi, além da constante criminalização dos espaços de vivência promovidos pelos estudantes dentro da universidade.

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