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Alunos de escolas municipais de Vitória realizam protesto nesta terça-feira

Grupo cobra providências para falta de professores e quer ser recebido pela secretária Juliana Roshner

Estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Octacílio Lomba, em Maruípe, e da EMEF Prezideu Amorim, em Bonfim, localizadas na Capital, farão uma manifestação nesta terça-feira (12) para denunciar a falta de professores nas duas unidades de ensino. Os alunos sairão às 8h30 das escolas, irão se encontrar na Avenida Vitória, e seguirão para a Secretaria Municipal de Educação (Seme), em Itararé, onde querem ser recebidos pela secretária Juliana Roshner.

A estudante Júlia Ramos de Souza informa que, no Otacílio Lomba, onde estuda, falta professor de Inglês para as séries iniciais e de Ciências para alunos da sua série, que é o nono ano. No Prezideu Amorim, a ausência é de profissional para lecionar Matemática do sexto ao nono ano, além de professor para o quarto e o quinto anos e um coordenador.

“Tem bastante aluno que quer fazer a prova do Ifes [Instituto Federal do Espírito Santo] e está se sentindo excluído, não ouvido pela Seme. Queremos ser recebidos pela secretária. É uma revolta dos alunos e dos pais, que também estão sendo convidados para participar”, diz Júlia.
O grupo Professores Associados pela Democracia de Vitória (PAD-Vix) apoia a manifestação, mas o diretor executivo da entidade, Aguinaldo Rocha de Souza, explica que o protagonismo é dos estudantes. “Eles estão lutando pelo direito de ter aula, de ter professor na escola, para que não percam mais do que já perderam. Estão usando seu protagonismo, sua autonomia, para reivindicar aquilo que o poder público deveria garantir sem ninguém exigir”, ressalta.
Ele recorda que a entidade alertou sobre a possibilidade de ausência de professores e fez sugestões de como evitar o problema, como a renovação dos contratos dos trabalhadores em Designação Temporária (DTs), mas a gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) não acatou.
Em entrevista ao Século Diário, em março passado, Aguinaldo apontou que o problema já tinha sido reportado para a Seme, que disse que resolveria a situação, mas não estabeleceu prazos. Na ocasião, o professor relatou que a prefeitura estava “tapando buracos”, colocando professores em horário de planejamento para acompanhar as turmas nos horários das aulas que não têm docentes, atrapalhando não somente o planejamento profissional, mas também “desorganizando a escola como um todo”.

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