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​Estudantes protestam contra bloqueio do orçamento na educação

O movimento estudantil fará uma manifestação nesta quarta-feira (14) em todo o Brasil. Em Vitória, a concentração será às 17h, em frente ao Teatro Universitário, no campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Goiabeiras. De lá os estudantes seguirão até a Petrobras, na Reta da Penha. A manifestação é realizada em nível nacional pela União Nacional de Estudantes (UNE), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) e, a nível local, pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufes.

O protesto tem como mote “Ocupar as ruas por menos juros e mais educação”. Na concentração haverá apresentações culturais realizadas pelos próprios estudantes. Nas ruas, eles utilizarão um carro de som para que entidades e parceiros e, também, para entoar palavras de ordem.

A principal reivindicação é o fim do bloqueio no orçamento da educação, já que no dia 30 de julho, por meio do Decreto nº 12.120, o governo federal bloqueou R$ 15 bilhões referentes a despesas discricionárias do orçamento de 2024, dos quais R$ 1,28 bilhões são referentes à pasta da Educação. Os estudantes também denunciam o fato de que parte do orçamento da União vai para o pagamento da dívida pública, em vez de ser investido em políticas públicas.
A presidente do DCE e diretora de Combate ao Racismo da UNE, Loyane Anorato da Silva Lô, afirma que o bloqueio precariza ainda mais a educação, acentuando problemas como falta de professores, redução das bolsas de assistência estudantil, não garantia de alimentação adequada para os estudantes, ampliação da terceirização e, consequentemente, maior atuação da iniciativa privada dentro das instituições públicas de ensino.
Ela destaca a situação do Restaurante Universitário (RU) da Ufes, que, em julho último, foi motivo de manifestações por parte dos estudantes. Os restaurantes foram fechados em Goiabeiras e Maruípe, na Grande Vitória, São Mateus, no norte, e Alegre, no sul, porque entraram em manutenção. Para garantir as refeições, foi realizada a contratação de empresas para o fornecimento de marmitas durante esse período. Contudo, os estudantes denunciaram que a alimentação não foi disponibilizada a todos.
Como forma de protesto, os estudantes chegaram a fechar o Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN); o ED I e o ED II, no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE); e os prédios 9, 1 e 2 do Centro Tecnológico (CT). Além disso, o estudante Romes Marques Moreira foi preso na Penitenciária de Segurança Média II (PSME II), em Viana, após quebrar as vidraças da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil (Propaes). A confusão ocorreu quando ele foi ao local pedir explicações sobre o porquê de o auxílio alimentação emergencial não ter sido pago aos estudantes.

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