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​Eustáquio de Castro fica em primeiro lugar na lista tríplice para reitor da Ufes

Chapa formada com Sonia Lopes foi a mais votada na pesquisa eleitoral junto à comunidade acadêmica

O professor Eustáquio de Castro, que foi o candidato a reitor na chapa mais votada na pesquisa eleitoral da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), realizada em novembro, também ganhou na votação do Colégio Eleitoral, realizada nessa segunda-feira (11). Ele recebeu 53 dos 60 votos e comporá uma lista tríplice, junto a Louisiane Nunes, em segundo lugar; e Patrícia Rufino, em terceiro.

A professora Sonia Lopes, candidata a vice-reitora na chapa de Eustáquio, obteve 51 votos e também ficou em primeiro lugar no Colégio Eleitoral da Ufes, que é formado pelos membros dos conselhos Universitário, de Ensino, Pesquisa e Extensão e de Curadores. A votação foi uninominal, ou seja, cada integrante votou em um candidato a reitor e, separadamente, em um candidato a vice-reitor.

Eustáquio é vice-reitor do Centro de Ciências Exatas (CCE), e Sonia Lopes é professora do Centro de Educação. A nomeação do reitor será feita pelo presidente Lula (PT), a partir da lista tríplice. A vice-reitora, por sua vez, deverá ser nomeada pelo reitor, por delegação. A nova gestão da Reitoria terá início em 23 de março de 2024 e seguirá até 2028.

No último processo eleitoral, realizado em 2019, a professora Ethel Maciel – atualmente, secretária nacional de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) – foi a candidata mais votada na pesquisa informal, mas o então presidente Jair Bolsonaro (PL) nomeou, em seu lugar, Paulo Vargas, outro componente da lista tríplice, que até então fazia parte do grupo político de Maciel.

Entretanto, é visto como praticamente impossível que se repita o que aconteceu com Ethel, uma vez que situações como essas na Ufes ocorreram somente na gestão de Jair Bolsonaro e na ditadura militar, portanto, em governos autoritários.

Durante a votação no Colégio Eleitoral, Eustáquio comemorou o resultado: “Só tenho a agradecer. É emocionante estar aqui neste momento. Sonia e eu temos somados 61 anos de universidade e, mais uma vez, estaremos à disposição da Ufes, trabalhando sempre junto com a comunidade universitária e os três conselhos da Ufes”.

Sonia Lopes também agradeceu pela expressiva votação: “Tenho orgulho de estar hoje como vice-reitora eleita. Com certeza, vou trabalhar muito para que tudo possa acontecer da melhor forma possível e espero contar com toda a comunidade e com cada um dos que estão aqui para essa nova gestão”.

Processo eleitoral

A “Chapa 10” de Eustáquio e Sonia enfrentou a “Chapa 20”, encabeçada por Edinete Maria Rosa, professora do Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento e diretora do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), tendo como vice Maria Lúcia Garcia, docente do Departamento de Serviço Social. As duas se colocavam como oposição e tinham o apoio de Ethel Maciel.

A chapa vencedora obteve 53,9% dos votos válidos contra 46,1%. Nos votos totais, Edinete e Maria Lúcia alcançaram um número maior – 4.044 contra 3.390 dos adversários. Entretanto, a pesquisa eleitoral da Ufes tem paridade de votos entre as três categorias – docentes, técnicos e estudantes –, e Eustáquio e Sonia se sobressaíram na votação das duas primeiras categorias.

Simpatizantes de Edinete e Maria Lúcia chegaram a lamentar o modelo de eleição vigente na Ufes em publicações nas redes sociais e na imprensa capixaba, e a própria chapa se vangloriou de representar “a maioria”, em uma postagem de agradecimento. Em contraponto, pessoas ligadas à chapa de Eustáquio e Sonia defenderam o modelo paritário, uma vez que o número de estudantes, mais de 20 mil, é muito maior do que o das outras duas categorias.

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