A tolerância dos pais de alunos e dos estudantes do município de Afonso Cláudio (região serrana) com a superintendente de Educação no município, Lucirlene Ornela da Silva Velten, acabou. E, revoltados com o não cumprimento do acordo negociado com o subsecretário de Estado da Educação para reabrir o ensino médio no município, eles ocuparam a Superintendência da Educação nesta segunda-feira (26).
O acordo negociado com o subsecretário Eduardo Malini para reabrir o ensino médio em três escolas do município foi feito em Vitória no dia 30 do mês passado.
Estudantes, professores e pais de alunos vieram até a capital para protestar contra o fechamento do ensino médio no município, e depois de ocuparem as ruas e pedirem o apoio da sociedade capixaba, foram recebidos por Malini.
Após as discussões, ficou acertado que o ensino médio seria reaberto no local, exceto na escola da comunidade da Mata Fria. Os estudantes e seus pais se manifestaram com clareza ao subsecretário Eduardo Malini de que não aceitam o fechamento desta escola. Contudo, aceitaram cumprir o papel da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) para inscrever os alunos nas escolas onde o ensino médio seriam reabertas.
A superintendente local da Sedu, Lucirlene Ornela da Silva Velten, não cumpriu o acordo. Pior, sequer atende a comunidade. O prazo dado pelos pais e alunos à superintendente para reabrir o ensino médio acabou.
Nesta segunda-feira às 15 horas, pouco mais de uma dezena de pais e alunos ocuparam a Superintendência. Informam que de lá não sairão até que o ensino médio esteja funcionando nas escolas José R. Christo, Maria de A. Alvim e José Giestas. Estas escolas são das comunidades de Piracema, Vila Pontões e Fazenda Guandu.
Ao todo, o não cumprimento do acordo pela Sedu está prejudicando 52 alunos das três escolas, já matriculados para o primeiro ano do ensino médio.
A superintendente da educação em Afonso Cláudio, Lucirlene Ornela da Silva Velten, foi acusada na audiência pública realizada na Assembleia Legislativa no último dia 21 de fraudar documentos para fechar os cursos. Ela teria mandado os documentos fraudados para a própria Justiça. Esta informação no processo teria levado o juiz Luciano Fiorot a tomar decisão contra os interesses da comunidade. Os moradores esperam que o juiz reverta esta decisão, face a denúncia.