Categoria sinaliza fazer paralisação e novos protestos em Guarapari por defesa de direitos
A administração do prefeito de Guarapari, Edson Magalhães (PSDB), marcou uma reunião com representantes do magistério para o dia sete de dezembro. O intuito é apresentar a proposta feita pela gestão diante das reivindicações, que são, principalmente, o fim do achatamento da tabela de vencimentos e o ressarcimento dos profissionais pelos investimentos feitos com recursos próprios durante a pandemia, para aquisição de equipamentos eletrônicos, com o objetivo de ministrar aulas online.
Na última reunião com a administração municipal, no último dia 17, não foi apresentada nenhuma proposta concreta, o que motivou a organização de uma plenária no mesmo dia, na qual os professores aprovaram a realização de uma “operação tartaruga” a partir dessa quarta-feira (24), que consistiria em trabalhar meio período.
Entretanto, como informa o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública no Espírito Santo (Sindiupes), Adriano Albertino, em nova plenária realizada nessa terça-feira (23), os professores chegaram à conclusão de que uma “operação tartaruga” em final de ano letivo “não seria eficiente”, optando por fazer uma paralisação e um dia de protestos na data marcada pela administração municipal para apresentação da proposta. Após a última plenária, os trabalhadores fizeram uma manifestação nas ruas de Guarapari, com cerca de 400 pessoas.
“Nós reafirmamos a nossa luta, nossa pauta de reivindicações, e decidimos também encaminhar para o Ministério Público uma denúncia para que nos auxilie na cobrança ao executivo”, diz Adriano.
Os docentes relatam que a remuneração está defasada, com perdas históricas e uma política de complementação que não aplica o piso do magistério na carreira profissional. Eles denunciam que houve aumento no recurso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mas redução no custeio de pessoal.