Casagrande vai conversar com Rodrigo Coelho, do TAG do Tribunal de Contas, para que escola rural não feche
O governador Renato Casagrande (PSB) se comprometeu a conversar com o conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES), Rodrigo Coelho, para solicitar que a Escola Municipal Comunitária Rural de Ensino Fundamental Gaviãozinho, em Nova Venécia, noroeste do Estado, permaneça funcionando em 2024. O fechamento da unidade de ensino foi anunciado em dezembro, fazendo com que a comunidade, contrária à iniciativa, procurasse o poder público para tentar reverter a situação.
A afirmação foi feita pelo governador em uma agenda na manhã desta quinta-feira (28), quando visitou as obras de pavimentação de Patrimônio do 15, no município. O prefeito André Fagundes (PDT), acompanhado de pessoas da comunidade, expôs a situação para Casagrande, que questionou se a prefeitura pode manter a escola. “Se apertar, dá conta”, disse André em vídeo que circula nas redes sociais.
O encontro com o governador foi intermediado pelo próprio prefeito, que nessa terça-feira (26) se comprometeu com a comunidade a marcar a conversa. Nessa mesma reunião, segundo membros da comunidade que preferiram não se identificar, André apresentou três alternativas. Uma foi entregar a escola para o Governo do Estado; outra reconhecer como escola de assentamento, já que fica no assentamento Gaviãozinho, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); e a terceira foi não implementar o que manda o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) do Tribunal de Contas, assinado pela gestão municipal.
Com o compromisso firmado pelo governador, a terceira alternativa parece ser a mais concreta. O fim das atividades da unidade de ensino obrigaria os estudantes a estudar na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) José Zamprogno, em Patrimônio do 15, a cerca de 10 km da que pode ser fechada.
O agricultor Rogério Pilon Lopes afirma que a distância é um dos motivos pelos quais a comunidade é contrária ao fechamento. Ele afirma que a Gaviãozinho, inclusive, atende famílias de comunidades mais distantes, também a cerca de 10 km da escola. No caso dos moradores dessas regiões, a situação, portanto, ficará ainda pior, já que os alunos e seus responsáveis terão que percorrer uma distância maior que a atual.