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Mais de cem de professores participam de ato público por valorização em Vila Velha

Os professores da rede municipal de Vila Velha protestaram na manhã desta terça-feira (23) nos acessos à Terceira Ponte reivindicando reajuste salarial, de benefícios e pela valorização do magistério no município. O protesto teve início às 6h30 e foi encerrado às 8 horas, contando com mais de uma centena de professores.

Por conta da manifestação, as aulas do turno matutino no município iniciaram mais tarde, às 9 horas. Os professores estão em estado de greve e pleiteiam reajuste salarial de 13,99%, que contempla a reposição das perdas inflacionárias; e tíquete alimentação.

O salário dos professores de Vila Velha é um dos piores da Grande Vitória e a categoria não tem reajuste há três anos. O índice de reajuste pedido pelos professores contempla somente o período de administração do prefeito Rodney Miranda (DEM). As perdas históricas, aquelas que não foram corrigidas ao longo dos anos, já chegam a 40%, desde 1994.

Além do baixo salário pago aos professores, também foram feitos cortes significativos nos planos de aplicação das escolas com redução de verbas e desvalorização dos trabalhadores. Os professores querem a nomeação dos aprovados no concurso 002/12 e o retorno da gestão democrática, em que a comunidade escolhe diretores e coordenadores das escolas.

Na noite desta terça-feira, os professores participam de uma audiência pública na Câmara de Vila Velha para discutir o Plano Municipal de Educação (PME). A sessão foi proposta pelo vereador Zé Nilton (PT), presidente da Comissão Permanente de Educação da Câmara, diante da falta de discussão ampla do plano.

O PME foi enviado para a Câmara somente no dia 15 de junho, para a votação até esta quarta-feira (24), sem o conhecimento e a anuência do Fórum de Educação e do Conselho Municipal de Educação.

Na sessão da última quarta-feira (17) o vereador alertou aos demais edis sobre a falta de compromisso da prefeitura com o debate público acerca do Plano Municipal de Educação. “Estamos preocupados porque o Plano Municipal de Educação define ações, metas, programas e políticas públicas destinadas à educação do município para os próximos 10 anos. Trata-se de um assunto extremamente complexo, polêmico, que precisa ser discutido amplamente com a sociedade e com as entidades, por meio de audiência pública. A lei exige a realização dessa audiência antes da votação do projeto, que acontece já no dia 24. Essa correria toda se deve ao fato de que a PMVV só nos enviou o projeto na tarde da última segunda-feira, faltando pouquíssimo tempo para acabar o prazo final para a votação”, disse o legislador.

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