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Majeski questiona abertura de crédito suplementar à Sedu para publicidade

O governo autorizou, segundo publicação no Diário Oficial desta quarta-feira (31), a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 1,8 milhão à Secretaria de Estado de Educação (Sedu) para publicidade. O montante, no entanto, foi transferido da verba destinada à qualificação profissional. Na sessão ordinária da Assembleia Legislativa da manhã desta quarta-feira (31), o deputado Sérgio Majeski (PSDB) questionou a destinação do valor para propaganda, enquanto os cursos profissionalizantes nas escolas estaduais estão “à míngua”.

O deputado lembrou que no início da semana havia apontado a propaganda do Escola Viva como enganosa, já que a maioria das escolas regulares precisam de tudo. O parlamentar se disse surpreso com a abertura do crédito suplementar para propaganda, enquanto os cursos profissionalizantes da rede estadual têm fechado no Estado – como nos municípios de Muniz Freire, no sul do Estado, e Ibiraçu, no norte.

Majeski também ressaltou que a escola estadual Arnulpho Mattos, no bairro Goiabeiras, em Vitória, e que oferece cursos profissionalizantes, está à mingua e precisa de assistência para manter os cursos.

Ele questionou a destinação de verba para investimento em qualificação profissional para propaganda. “Desde quando publicidade melhora a educação ou a vida de alguém? Isso é um absurdo!”, disse ele acrescentando que observando o orçamento previsto para a pasta com publicidade, que era de R$ 3,5 milhões, mais a suplementação de R$ 1,8 milhão, é praticamente todo o valor o Programa Estadual Dinheiro Direto na Escola (PEDDE) nas escolas estaduais desse ano. O valor também é maior do que o governo vai gastar pro desenvolvimento integrado de esporte e cultura em todas as escolas do Estado.

“Se gasta mais em publicidade do que se investe em questões fundamentais nas cerca de 500 escolas existentes no Estado. Campanha publicitária pode ter valor, por exemplo, para combater a dengue, para reduzir a violência no trânsito. Agora, campanha publicitária para fazer propaganda de projeto marqueteiro do governo não melhora a vida de ninguém, até porque a maioria dessas escolas não existe em lugar nenhum”, disse ele, se referindo ao Escola Viva.

O deputado lamentou a forma como o dinheiro público vem sendo utilizado, sem contar que há empenhado para este ano R$ 73 milhões para gastos com publicidade em todas as instituições do governo, incluindo Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) e Banestes, enquanto o total destinado às escolas é R$ 40 milhões. “Enquanto o governo corta dinheiro do PEDDE, esbanja em publicidade”, completou Majeski. 

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