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Ministério Público é acionado por falta de professores em escola estadual

Centro Agessandro da Costa Pereira está sem professores de Filosofia, Sociologia, História e Biologia

O Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Tempo Integral (CEEFMTI) Agessandro da Costa Pereira, no bairro Comdusa, em Vitória, está sem professores de Filosofia, Sociologia, História e Biologia. A situação foi denunciada ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pelo professor Bruno Fiorot Sagrilo, que leciona na unidade de ensino. Nessa segunda-feira (4), ele também formalizou denúncia à Corregedoria e à Ouvidoria do Estado.

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O docente relata que o ano letivo começou sem professores de Sociologia e Filosofia, mas na semana passada, a situação se agravou, pois os professores de Biologia e História abriram mão da carga horária. De acordo com ele, as informações que circulam são de que isso não é exclusividade da escola Agessandro da Costa Pereira e ocorrendo em outras unidades da rede estadual.

A ausência de profissionais nas áreas de Filosofia e Sociologia afeta os alunos do 1º ano do ensino médio, que têm essas disciplinas. Contudo, também é prejudicial para o segundo ano, que conta com o Percurso Filosófico Sobre a Evolução Humana, ministrado por professor de Filosofia, e para o terceiro ano, que tem também esse mesmo percurso, além do de Indivíduo, Natureza e Sociedade, ministrado por professor de Sociologia.

A ausência de professor de Biologia e História atinge os alunos do segundo ano, que têm essas disciplinas. Os professores de História são responsáveis, ainda, por lecionar um percurso formativo para essa série: Trajetórias Humanas.

Bruno aponta que, sem professores, os alunos estão com aulas vagas. “As consequências serão vistas no fim do ano. Imagina o impacto disso para o aluno que vai fazer Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]?”, questiona.


Ele afirma que o sentimento dos alunos é de decepção. “A gente percebe eles olhando um para o outro, como se estivessem se perguntando ‘o que a gente está fazendo aqui?'”, diz. Bruno aponta que o problema vem sendo tratado como algo “irrelevante”, já que, ao formalizar denúncia à Ouvidoria, a resposta que obteve foi de que o prazo para resposta da demanda é até 3 de abril. “Imagina ficar sem as disciplinas até abril?”, questiona.
Procurada por Século Diário, a Secretaria Estadual de Educação (Sedu) afirmou que “reconhece a carência de professores nas disciplinas de Sociologia, Filosofia, Biologia e História no ensino médio da Escola Agessandro da Costa Pereira”. No entanto, diz que “está empenhada na busca por mais profissionais e já realizou um novo edital para educação profissional, contratando 1.209 professores, com diversos contratos já efetivados”.
Informou, ainda, enfrentar “desafios logísticos, pois professores designados para disciplinas em outras unidades encontram dificuldades de translado para atender à chamada de estender a carga horária nesta escola específica”. Além disso, que, “para mitigar impactos aos alunos, convocamos professores e autorizamos uma grande chamada em 9 de março. A expectativa é suprir as carências e, à medida que todos os professores forem contratados, as aulas serão repostas em feiras de eletivas e projetos interdisciplinares”.

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