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Não é preciso vacinar crianças para retomar aulas, diz secretário de Educação

Novas variantes podem surgir a partir da transmissão entre crianças. Até março 100% delas deve ter recebido a D1

O secretário de Educação do Espírito Santo, Vitor de Angelo, afirmou que não é necessário aguardar a conclusão da vacinação das crianças de cinco a onze anos para o início do ano letivo de 2022, no dia três de fevereiro. Em sua conta no Twitter, o gestor da Sedu respondeu, nesta quinta-feira (6), a uma questão que disse estar possivelmente rondando a mente dos capixabas, diante do anúncio do início da imunização contra Covid-19 do público pediátrico a partir da segunda quinzena de janeiro. 

“Muitos devem estar se perguntando se, diante da chegada da vacina pediátrica contra a Covid-19, não seria melhor esperar a vacinação da sua criança para então manda-la à escola; ou mesmo para que as redes de ensino retomem as aulas somente após a vacinação de todas elas”, twittou o secretário, que também é presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). 

A resposta, prosseguiu, “é: não! No ES voltamos às aulas quando nem vacina existia, em 2020. Além disso, mesmo diante de uma nova variante, a escola já se mostrou um ambiente seguro, e os protocolos, eficientes. Devemos, sim, redobrar a atenção com cada um deles!”, arrematou. 

Um dia antes da postagem do secretário, a epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Ethel Maciel, havia abordado o assunto na mesma rede social. “O Brasil tem 20.500.208 crianças entre 5-11 anos. Elas estão desprotegidas desde de 16/12. A volta às aulas presenciais segue ameaçada pela nova onda de casos de ômicron que se anuncia. Mesmo que iniciemos a vacinação agora, não estarão com a vacinação completa. Um absurdo!”, alertou.

“Cada criança perdida vai estar na conta de quem não se esforçou para protegê-la!! Toda criança tem direito à saúde. Está na constituição. Vacinação salva vidas! Vamos vacinar nossas crianças e garantir o futuro delas”, disse. 

Segundo o Painel Covid-19 do governo do Estado, o Espírito Santo registrou, até o momento, quatro óbitos na faixa etária de cinco a nove anos e 30 na faixa de 10 a 19 anos. Nesta semana, o Estado voltou a ter mais de mil casos confirmados da doença, o que não ocorria desde meados de 2021.

A Século Diário, Ethel Maciel reforçou a posição a favor da vacinação infantil antes do retorno às aulas. “O ambiente escolar é mais seguro que em 2021, mas em uma pandemia sempre temos que monitorar os indicadores. A vacinação e a dose de reforço melhoram muito o ambiente, mas continuamos em uma pandemia. Crianças não vacinadas podem favorecer o surgimento de novas variantes do vírus”. 

A expectativa da Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) é que a vacinação das crianças se inicie logo que o Ministério da Saúde disponibilizar as doses, provavelmente a partir do próximo dia 15. A prioridade será das crianças com comorbidades. 

“Havendo adesão desse público, a expectativa é que até março 100% das crianças de 5 a 11 anos no Estado tenham recebido a primeira dose (D1) e até maio ou junho, todas estejam com o esquema vacinal completo (D2)”, sublinhou a Sesa.

Na Itália, segunda a Agência Italiana de Notícias (Ansa Brasil), cerca de 1,5 mil diretores de escolas pediram ao governo para adiar o retorno às aulas presenciais previsto para a próxima segunda-feira (10). 

Em apelo enviado ao premiê Mario Draghi e ao ministro da Educação, Patrizio Bianchi, defenderam a “suspensão provisória das aulas presenciais por duas semanas”, período em que os alunos teriam lições a distância. O objetivo, explicam é evitar uma “situação impossível de se administrar e que provocará fragmentação, interrupção das aulas e escassa eficácia formativa”.

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