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Nova assembleia definirá rumos do movimento de professores de Anchieta

Educadores exigem de Fabrício Petri uma data para pagamento de valores reivindicados

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) marcou para o próximo dia 26, a realização de uma assembleia extraordinária para definir os rumos do movimento de professores de Anchieta, no litoral sul do Estado. Atualmente, os profissionais do município estão em estado de greve. Caso o prefeito Fabrício Petri (PSB) não apresente uma data para realizar os pagamentos reivindicados, a categoria poderá deflagrar uma paralisação geral.

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Os encaminhamentos foram votados na sexta assembleia extraordinária da categoria sobre o tema, realizada na Câmara de Vereadores de Anchieta nessa segunda-feira (9). Na ocasião, os professores analisaram um ofício encaminhado pelo prefeito. Fabrício Petri justificou que só poderia se comprometer com pagamentos após as eleições, por conta da legislação para esse período. Ele também prometeu encaminhar projeto de lei sobre o piso nacional depois do pleito de outubro, mas sem especificar uma data.

São duas as reivindicações principais dos professores. Uma delas diz respeito ao pagamento do piso nacional do magistério, o que não ocorre desde 2021 em Anchieta, segundo a categoria. A outra está relacionada à quitação dos valores retroativos das progressões, conforme o Plano de Careira de 2012, que também está pendente há alguns anos.

A categoria reclama, ainda, do que classifica como falta de diálogo da gestão municipal sobre o assunto. No último dia 23 de agosto, cerca de 300 profissionais da educação de Anchieta fizeram uma paralisação, e um grupo protestou em frente à sede da prefeitura.

O secretário de Formação do Sindiupes, Hélio Buback, compartilhou um vídeo em aplicativos de mensagem convocando os professores para a assembleia do dia 26. Na postagem, ele afirma que a sétima assembleia terá uma atividade diferente: os três candidatos a prefeito de Anchieta – Léo Português (governista, do PSB), Luiz Mattos (PL) e Marquinhos Assad (Podemos) – serão convidados a apresentarem suas propostas para a área da educação.

Em participação na tribuna da Câmara de Vereadores, na sessão ordinária dessa terça (10), Buback criticou uma entrevista de Fabrício Petri para uma rádio local, no qual ele teria dito que o movimento dos professores tem caráter político-eleitoral. O sindicalista reafirmou, ainda, a necessidade de o prefeito apresentar uma data específica para os pagamentos.

“Nada foi feito com política partidária. [Professor] Robinho [vereador pelo União Brasil] é o nosso parceiro, mas eu não sei qual é o partido do Robinho. Não sei o partido de nenhum de vocês [vereadores]. Não estou fazendo política partidária, estou defendendo uma categoria”, comentou.

Hélio Buback também criticou, sem especificar, uma “pessoa” da Câmara que teria falado que os professores de Anchieta já “ganham muito”. O vereador Cleber Pombo (PSB) repreendeu o professor por não apresentar “nome e sobrenome” do acusado, fazendo com que a acusação recaia sobre o conjunto dos parlamentares, mas Buback ressaltou que não seria “educado” fazer uma citação explícita.

A professora Flávia Brilhante, também do Sindiupes, foi outra representante da categoria a se pronunciar na sessão da Câmara em favor do magistério. “Não vamos abrir mão do nosso piso. É lei, ninguém está fazendo favor. E outra, ninguém administra dinheiro pessoal, é dinheiro público, é verba que vem específica para isso. Não vamos abrir mão da nossa tabela de progressão, não vamos abrir mão de subsídios. Nós queremos o que é nosso”, defendeu.

Procurada por Século Diário, a gestão de Fabrício Petri reforçou o mesmo posicionamento do ofício encaminhado aos professores. “A Prefeitura de Anchieta está empenhada em atender as reivindicações, entretanto, devido ao período eleitoral, há empecilhos jurídicos para tal atendimento. Mas, após o período eleitoral, serão atendidos sem infringir a legislação”, diz a nota.

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