Pessoas com formação em qualquer área, acrescida de especialização em educação, podem se inscrever para o cargo
Pedagogos da rede estadual de ensino, que não quiseram se identificar por medo de represálias, manifestam insatisfação com o Edital nº 39/2023, divulgado pela Secretaria Estadual de Educação (Sedu) nessa terça-feira (21). A crítica é em relação à possibilidade de inscrição, na maioria dos cargos para pedagogo, de pessoas que têm formação em qualquer área, acrescida de especialização na área da educação.
O edital trata-se de um processo seletivo que visa a contratação de professores habilitados para atuarem na Educação Básica, em regime de Designação Temporária (DT).
Os pedagogos destacam que os profissionais da área, em sua graduação, estudam toda a parte de organização e pedagogia de uma escola, o que não acontece em outras licenciaturas, em que a formação é com foco em ensinar os estudantes a dar aulas. “A gente se sente desvalorizado, pois estudamos durante quatro anos. A educação vai decair sem profissionais da área da pedagogia”, protestam.
Os pedagogos também chamam atenção para o fato de que o processo seletivo é para habilitados, ou seja, para trabalhadores que têm formação na área das vagas abertas. “Se no edital de habilitados está assim, o que podemos esperar do de não habilitados?”, questionam.
O processo seletivo será realizado por meio de três etapas: inscrição; chamada para comprovação das informações declaradas no ato da inscrição e dos documentos pessoais; e formalização do contrato de trabalho.
Procurada por Século Diário, a Sedu se limitou a informar “que a previsão de pré-requisito segue o que está estabelecido na Lei 5.580, que trata da carreira do magistério”.