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Pedagogos questionam não exigência de formação específica em edital da Sedu

Pessoas com formação em qualquer área, acrescida de especialização em educação, podem se inscrever para o cargo

Pedagogos da rede estadual de ensino, que não quiseram se identificar por medo de represálias, manifestam insatisfação com o Edital nº 39/2023, divulgado pela Secretaria Estadual de Educação (Sedu) nessa terça-feira (21). A crítica é em relação à possibilidade de inscrição, na maioria dos cargos para pedagogo, de pessoas que têm formação em qualquer área, acrescida de especialização na área da educação.

O edital trata-se de um processo seletivo que visa a contratação de professores habilitados para atuarem na Educação Básica, em regime de Designação Temporária (DT). 

Os pedagogos destacam que os profissionais da área, em sua graduação, estudam toda a parte de organização e pedagogia de uma escola, o que não acontece em outras licenciaturas, em que a formação é com foco em ensinar os estudantes a dar aulas. “A gente se sente desvalorizado, pois estudamos durante quatro anos. A educação vai decair sem profissionais da área da pedagogia”, protestam.

Os profissionais apontam problemas que podem surgir com a contratação de profissionais não formados em Pedagogia para exercer a função de pedagogos. Um deles é a ausência de acompanhamento do plano de aula dos professores, que não terão um profissional capacitado para acompanhar seus serviços no ambiente de trabalho.

Os pedagogos também chamam atenção para o fato de que o processo seletivo é para habilitados, ou seja, para trabalhadores que têm formação na área das vagas abertas. “Se no edital de habilitados está assim, o que podemos esperar do de não habilitados?”, questionam.

As inscrições para o processo seletivo tiveram início nessa quarta-feira (22) e seguem até 28 de novembro, por meio do site de seleção do Governo do Estado. O candidato pode realizar até duas inscrições diferentes, podendo optar por um município, um cargo e um componente curricular em cada inscrição.

O processo seletivo será realizado por meio de três etapas: inscrição; chamada para comprovação das informações declaradas no ato da inscrição e dos documentos pessoais; e formalização do contrato de trabalho. 

A remuneração varia entre R$ 3,12 mil e R$ 5,75 mil, a depender da qualificação do profissional. O processo seletivo terá validade até o final do ano letivo de 2024, podendo ser prorrogado por até 12 meses, a partir da data de publicação do Edital.


Procurada por Século Diário, a 
Sedu se limitou a informar “que a previsão de pré-requisito segue o que está estabelecido na Lei 5.580, que trata da carreira do magistério”.

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