Segundo o Anuário, no Estado 49,6% dos professores relataram já ter sofrido agressões verbais ou físicas por parte de alunos e 67,3% disseram ter presenciado agressões físicas ou verbais a outros alunos. No total, foram ouvidos 4.395 professores que trabalham no 9º ano do ensino fundamental.
O estudo concluiu que, apesar de existirem situações graves e de fato criminais – como ameaças e o efetivo atentado à vida de professores e diretores, bem como porte de armas, furtos e roubos – são ainda as pequenas violências cotidianas e de nível interpessoal – agressões físicas e verbais, intimidações e humilhações – as que mais se verificam no ambiente escolar.
Em nível nacional, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar – realizada em 2012 e publicada em 2013 – revela que mais de um terço dos alunos do 9º ano do ensino fundamental (35,3%) sentiu-se em algum momento humilhado pelas provocações de colegas da escola nos 30 dias que antecederam à pesquisa, sendo que para 7,2% destes o sentimento de humilhação foi vivenciado com frequência. “É interessante perceber que a ocorrência desta situação foi indicada por um número maior de alunos do ensino privado (39,8%) do que do ensino público (34,4%), sugerindo que a existência de violências interpessoais nas escolas não deve ser determinantemente associada a fatores como o nível socioeconômico dos alunos ou à qualidade do ensino oferecido”, conclui a pesquisa.