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Prefeitura de Vitória exonera mais um diretor sem anuência do Conselho de Escola

Exoneração do diretor da EMEF São Vicente de Paulo foi considerada mais uma “arbitrariedade” da secretária Juliana Roshner

A gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) publicou no Diário Oficial desta terça-feira (29), mais uma exoneração de diretor. Desta vez, quem perdeu a função gratificada foi Ellison Christian Freire Rafael, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) São Vicente de Paulo, no Centro de Vitória. Trata-se do terceiro diretor exonerado em um pouco mais de um mês. Em julho, foram exoneradas as diretoras Aerodilse Fernandes da Silva Xavier, da EMEF Paulo Reglus Neves Freire, em Inhanguetá, e Alessandra Passos Pereira, da EMEF Prezideu Amorim, no bairro Bonfim.

Assim como as exonerações ocorridas no mês passado, a desta terça-feira foi considerada pelo grupo Professores Associados pela Democracia de Vitória (PAD-Vix) como uma “arbitrariedade” da secretária de Educação, Juliana Roshner. O diretor executivo da entidade, Aguinaldo Rocha de Souza, afirma ser “um desrespeito à resolução do Comev [Conselho Municipal de Educação de Vitória], que coordena e orienta as eleições para diretor no município”.

“Não fazemos defesa pessoal, estamos defendendo um processo que, nesse município, tem 31 anos. Tem norma para eleger diretor e para exonerar”, diz. Aguinaldo explica que, para a escolha de diretor, é preciso consultar a comunidade escolar. Para exonerar, é necessário haver discussão no Conselho de Escola, que avalia a conduta e delibera pela continuidade de seu trabalho à frente da unidade de ensino ou não. Deliberando pela não continuidade, a decisão é comunicada ao Executivo e o Conselho de Escola escolhe uma nova pessoa para assumir a direção.
Em fevereiro passado, pais de alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Luiza Pereira Muniz Corrêa, no bairro Mário Cypreste, reagiram ao mesmo fato, com a exoneração da diretora Fátima Luzia Sezana. Eles denunciaram que não foram avisados da decisão, que apontaram como irregular, e que ao questionarem a Secretaria Municipal de Educação (Seme), as respostas foram “desencontradas” e sem entrar em detalhes sobre as motivações para o ato.

Os casos resultaram em uma audiência pública na Câmara de Vitória e na criação da Frente de Defesa da Educação Democrática de Vitória. A iniciativa foi proposta pelo vereador André Moreira (Psol) com o objetivo de discutir questões relacionadas à eleição de diretores de escola, garantia de permanência na função sem que sejam destituídos pela gestão municipal, e implantação de escolas em tempo integral.

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