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Prefeitura de Vitória rompe acordo com comunidade de Tabuazeiro

Gestão de Pazolini não vai mais manter turmas parciais no CMEI Jacy Alves Fraga

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PMV

Contrariando o que foi acordado em novembro de 2023 com a comunidade escolar do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Jacy Alves Fraga, em Tabuazeiro, a gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) não vai manter as turmas parciais no ano letivo de 2025. A situação tem causado a indignação dos responsáveis pelas crianças, já que, caso a unidade de ensino de fato se torne integral, os pais que não podem ou não querem matricular seus filhos em uma escola desse modelo terão que procurar em outros bairros.

José Carlos Durans, pai de um dos estudantes, afirma, no entanto, que as opções são poucas. Uma é o CMEI Nelcy da Silva Braga, em São Cristóvão. Contudo, a Prefeitura de Vitória anunciou, no dia 29 de outubro, que essa unidade de ensino, junto com outras 10, se tornará integral. A outra opção seria o Ocarlina Nunes Andrade, no mesmo bairro, mas os responsáveis questionam se haverá vagas para todos.

A violência também acaba sendo um impeditivo, pois a locomoção dos moradores entre as comunidades não é bem vista pelo tráfico. Os responsáveis pelos estudantes também questionam que, no período integral, a proposta de aulas terminaria às 16h, o que os impossibilitaria de buscar as crianças, por ser horário de trabalho.

Outro problema é a imposição aos docentes da atuação em tempo integral, portanto, quem tem cadeira em outros municípios ou na rede estadual de ensino, teria que optar por uma delas. A tendência, neste caso, é que os profissionais saiam de Vitória, já que é a cidade com menor salário para o magistério na região metropolitana.

Houve uma tentativa no ano de 2023, por parte da gestão de Lorenzo Pazolini, de transformar o Jacy Alves Fraga em tempo integral. Contudo, com a mobilização da comunidade escolar, ficou acordado que os alunos teriam a opção de se matricular no modelo parcial, em horário matutino. O anúncio foi feito pelo vereador Anderson Goggi (PP) e a secretária de Educação de Vitória, Juliana Roshner, em um vídeo que circulou nas redes sociais.

Tanto o integral quanto o parcial funcionariam no novo prédio construído para abrigar a unidade de ensino. Seria adotada uma transição, ou seja, novos alunos não poderiam se matricular no parcial, somente os que já estudam no CMEI. Assim, com o passar do tempo, as turmas iriam diminuindo, restando somente a opção pelo período integral.

A reivindicação era de que houvesse a opção pelo parcial também no vespertino e que não precisasse passar por uma transição, mantendo permanentemente os dois modelos. A explicação dada para a comunidade sobre o porquê de não haver turma parcial à tarde foi de que as aulas do integral terminam às 16h, portanto, a escola fechará nesse horário. Ainda assim, a comunidade escolar classificou o anúncio feito pela secretária de Educação e pelo vereador como uma “vitória importante”.

Novas escolas

A gestão de Lorenzo Pazolini anunciou que Vitória, que hoje tem 30 escolas em tempo integral, passará a ter 41. A medida, de acordo com a prefeitura, representará a oferta de 3,1 mil novas vagas distribuídas entre os Centros Municipais de Educação Infantil em Tempo Integral (Cmei TI) e as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef TI), totalizando um quantitativo de 10,2 mil vagas em tempo integral para o ano letivo de 2025.

As 11 unidades de ensino que passarão a ofertar o Tempo Integral são as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEfs) Amilton Monteiro, em Mario Cypreste; Paulo Roberto Vieira Gomes, em São Benedito; e Ronaldo Soares, em Resistência; além dos Cmeis Ana Maria Chaves Colares, em Jardim Camburi; Cecilia Meireles, em Monte Belo; Darcy Vargas, em Bela Vista; Geisla da Cruz Militão, em Nova Palestina; Georgina da Trindade, em São José; Nelcy da Silva Braga, em São Cristóvão; Professora Cida Barreto, em Pontal de Camburi; e Sebastião Perovano, no bairro Jabour.

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