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Professores da Ufes lançam coletivo em defesa da educação pública

Professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) lançaram, nesta semana, um coletivo em defesa da educação pública. O Coletivo Professores em Movimento – Ufes, que agrega docentes da universidade, também defende a educação gratuita, laica, de qualidade socialmente referenciada, autônoma e democrática. O Coletivo busca ainda unidade com as demais categorias da educação pública (técnicos, estudantes e educação básica) para constituir forças para enfrentar a financeirização da educação prevista no Projeto “Future-se”, apresentado pelo governo Jair Bolsonaro a reitores das universidades e institutos federais, no último dia 16.

 

Entre as ações, está previsto realizar atividades fora da universidade (praças, parques, feiras) para dialogar com a população sobre os ataques à educação pública, além de preparar um Dia de Luta para realizar atividades interativas e abrir a instituições de ensino para os estudantes da educação básica e a sociedade em geral envolvendo a comunidade universitária das diferentes áreas do conhecimento.

 

“Entendemos que a conjuntura atual nos exige atuação contundente para que as universidades, institutos e demais unidades educativas federais não sejam (ainda mais) privatizadas, terceirizadas e precarizadas. Somamos nossos esforços aos de todos que buscam construir os movimentos em defesa da educação e dos direitos sociais. Por isso, não separamos as análises e as lutas contra a reforma da previdência das questões que atingem a educação pública em geral e o ensino superior em particular”, dizem no documento que divulgaram à sociedade.

 

Cortes

Os docentes continuam mobilizados contra os cortes do governo Bolsonaro direcionados às universidades e institutos federais. Nesta semana, o Ministério da Educação divulgou que os valores bloqueados das universidades federais de todo o Brasil podem ser reavaliados, caso o cenário econômico do país apresente evolução positiva.

O anúncio foi feito por meio de nota, enviada em resposta aos questionamentos feitos pelo pró-reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Anilton Salles Garcia, em entrevista ao Folha Vitória na última segunda-feira (15). Segundo o pró-reitor, não é possível fazer um planejamento sobre o funcionamento da universidade no segundo semestre de 2019, pois o Governo Federal não passa informações precisas sobre a verba destinada à instituição, após o anúncio do corte de verbas, que afeta universidades em todo o Brasil.

Por meio de nota, o MEC informou que “vem articulando com o Ministério da Economia a possibilidade de ampliação dos limites de empenho e movimentação financeira a fim de cumprir todas as metas estabelecidas na legislação para a pasta. Caso o cenário econômico apresente evolução positiva no segundo semestre, os valores bloqueados serão reavaliados”.

Plano do Coletivo 

O Coletivo Professores em Movimento (Ufes) também divulgou ações a serem realizadas dentro de uma plano, que pretende ser construído coletivamente. 

“Nosso Coletivo está reivindicando da atual gestão da Adufes agilidade na mobilização dessas ações. O governo Bolsonaro não apresentou esse projeto nefasto para a educação às vésperas das férias por acaso. Ele conta com nossa desmobilização. Precisamos reagir e não temos tempo a perder!, dizem os docentes”.

 

Ações previstas

 

Cobrar da Administração Central da Ufes posicionamento sobre o Projeto “Future-se”, apresentado pelo MEC.

Realizar reuniões ampliadas com entidades que representam estudantes, servidores e professores da Ufes e do Ifes, além de professores da educação básica. 

Reivindicar da Adufes a convocação de assembleia de docentes na primeira semana de agosto para preparar as mobilizações necessárias, constituindo um Comando de Greve que atue impulsionando as atividades.

Aderir ao dia 13 de agosto, data convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) para a Greve Geral da Educação.

Participar da Greve Geral que se articula junto às centrais sindicais prevista para o mês de agosto.

Visitar Centros e Departamentos para conversar com professores sobre as implicações do Projeto “Future-se”.

Realizar atividades fora da universidade, em praças, parques, feiras etc., para dialogar com a população sobre os ataques à educação pública. Em articulação, preparar um Dia de Luta para realizar atividades interativas e abrir a instituições de ensino para os estudantes da educação básica e a sociedade em geral envolvendo a comunidade universitária das diferentes áreas do conhecimento.

Divulgar amplamente o Manifesto de Alerta em Defesa do Ensino Superior Público e Gratuito.

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