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Professores da Ufes votam indicativo de greve na próxima segunda-feira

Uma das motivações para a possível deflagração de greve é a necessidade de reposição salarial

Os professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) votam indicativo de greve em assembleia virtual que será realizada na próxima segunda-feira (24) pela Associação dos Docentes da Ufes (Adufes). A organização da assembleia nas bases de servidores públicos federais de todo o Brasil foi deliberada em reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), ocorrida nessa sexta-feira (14).

Uma das motivações para a possibilidade de deflagração de greve é a necessidade de reposição salarial. A diretora da Adufes Junia Zaidan informa que, caso não haja abertura de negociação, ainda em fevereiro será realizada uma nova assembleia, dessa vez, para deflagrar a greve no primeiro trimestre.


As outras pautas da assembleia são melhoria das condições de trabalho; revogação da Emenda Complementar (EC) 95, que congelou o investimento em políticas públicas durante 20 anos; e a construção de uma pauta específica da educação com as demais entidades que atuam nas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) para além do reajuste salarial, considerando pontos como o retorno presencial e cortes nos orçamentos.

A dirigente sindical acredita que o indicativo de greve será aprovado, já que, conforme afirma, a categoria tem sinalizado para isso nas atividades da entidade e também nas redes sociais. As assembleias em todo o Brasil estão sendo realizadas entre 17 de janeiro e 11 de fevereiro.
O orçamento de 2022 da União prevê reajuste somente para os profissionais da Polícia Federal, com uma reserva no valor de R$ 1,7 bilhão, o que, de acordo com a entidade sindical, gerou insatisfação em diversos setores do serviço público, incluindo, além da educação, servidores das áreas tributária, da saúde, da diplomacia, da política monetária e do Ministério Público.
A Adufes destaca que informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que os servidores federais tiveram 50% de perda salarial e estão sem reajuste há cinco anos.

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