Reunidos em assembleia realizada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes) nesta segunda-feira (24), os professores universitários votaram pela construção da greve dos servidores públicos federais. A organização da assembleia nas bases de servidores públicos federais de todo o Brasil foi deliberada em reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), ocorrida em 14 de janeiro.
A possibilidade de realização de uma greve, no dia nove de março, em todas as universidades públicas federais do Brasil, será discutida pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Uma das motivações dessa mobilização é a necessidade de reposição salarial.
A expectativa da Adufes era de que a participação dos professores da Ufes na construção da greve dos servidores públicos federais seria aprovada, já que, conforme afirmou a diretora da entidade sindical, Junia Zaidan, a categoria sinalizava para isso nas atividades do sindicato e também nas redes sociais. As assembleias em todo o Brasil estão sendo realizadas entre 17 de janeiro e 11 de fevereiro.
O orçamento de 2022 da União prevê reajuste somente para os profissionais da Polícia Federal, com uma reserva no valor de R$ 1,7 bilhão, o que, de acordo com a entidade sindical, gerou insatisfação em diversos setores do serviço público, incluindo, além da educação, servidores das áreas tributária, da saúde, da diplomacia, da política monetária e do Ministério Público.
A Adufes destaca que informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que os servidores federais tiveram 50% de perda salarial e estão sem reajuste há cinco anos.