A Prefeitura de Vitória comunica que vai antecipar o pagamento dos servidores municipais neste mês de maio para a próxima sexta-feira (25). Inicialmente, os vencimentos estavam previstos para serem pagos no dia 29, mas a gestão de Luciano Rezende (PPS) afirma que decidiu antecipar em quatro dias a liberação dos proventos, após reivindicação dos trabalhadores.
A medida é resultado da – enfim – mesa de negociação entre professores, sindicato da categoria e prefeitura. Na folha deste mês, os 567 trabalhadores do magistério que tiveram 21 dias descontados em abril por conta da greve receberão o pagamento relativo aos dias de greve.
O pagamento já estava previsto nas propostas que foram discutidas na mesa de negociação. De acordo com Washington Rocha, membro da Coordenação Municipal 2018 do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), a categoria precisa continuar mobilizada para garantir que as propostas acordadas sejam de fato cumpridas.
“Se o pagamento não sair no dia 25, como está proposto na pauta dos trabalhadores, poderá acontecer uma nova assembleia para cobrar que isso seja cumprido”, afirmou Washington.
A primeira reunião entre a prefeitura e a categoria foi realizada somente quinze dias após o encerramento da greve dos professores de Vitória, que durou quase um mês, de 26 de março a 24 de abril, e chegou a atingir 70% das escolas, afetando quatro mil professores e 35 mil estudantes. A falta de diálogo com a administração municipal foi um dos principais pontos de impasse e críticas durante o movimento.
A próxima rodada da mesa de negociação acontece no próximo dia 12 de junho e a ideia é que até lá as propostas estejam encaminhadas e prontas para serem negociadas.
A principal reivindicação é a reposição das perdas inflacionárias dos últimos quatro anos, período em que Luciano Rezende não cumpriu com a lei e não realizou qualquer tipo de reajuste, tendo anunciado apenas um percentual de 3% referente a 2017, quando, no total, as perdas chegam a 28,5%.
Também integram a pauta de luta: o cumprimento do Plano de Cargos e Vencimentos; o pagamento do auxílio-alimentação para quem tem duas cadeiras na rede municipal; a ampliação de 30 para 45 dias o pagamento de 1/3 de férias do magistério; e a manutenção da Mesa de Negociação com periodicidade mensal.