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Qualidade na Educação precisa voltar à pauta do Sindiupes

No dia 18 de dezembro, depois de quatro meses de batalha Judicial, a chapa cutista tomou posse na diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sindiupes). Uma das definições da nova diretoria é o fim da a proporcionalidade qualificada como determinante para a composição da direção do sindicato.

A justificativa é de que esse critério teria se mostrado insatisfatório para a condução do sindicato, que se transformou muito mais um palco de disputas políticas do que de interesse da categoria. Entre os profissionais da área, a disputa sindical afastou o interesse do magistério pela categoria, justamente pelas disputas internas.

A principal reclamação de alguns profissionais é a defasagem do discurso, que abre um amplo caminho para que o governo conduza o setor com pouco interesse na qualidade da educação oferecida, o que consequentemente contribui para os índices incompatíveis da educação com o nível de desenvolvimento e com o PIB capixaba.

Mais do que mudar a diretoria do sindicato é preciso mudar a mentalidade da atuação da entidade. Na pauta de reivindicações, a melhoria da qualidade de educação sempre aparece nas bandeiras de luta, mas de uma forma subjetiva, já que o diálogo entre os representantes da categoria e os governos do Estado e dos municípios ficam restritos à questão salarial.

Como não há mais atrasos, no caso do governo do Estado, há uma acomodação do movimento sindical, que pauta sua reivindicação na discussão do abono salarial do fim do ano e da discussão sobre os bônus de desempenho.

Para alguns profissionais da educação, a falta de continuidade do ensino, causada pelo número exorbitante de professores contratados em designação temporária, que evita o vínculo com o trabalho, não é discutido com tanta intensidade, como a questão salarial. A metodologia do ensino e o baixo desempenho dos alunos nos exames nacionais também são encarados de forma superficial pelo sindicato.

 

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