ES também ficou em primeiro lugar em aprendizado no ensino médio público e na avaliação geral da educação básica
Os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados pelo governo federal colocam o Espírito Santo em posição de destaque considerando diversos recortes. A apresentação foi feita em coletiva de imprensa virtual realizada nesta terça-feira (15) pelo governador Renato Casagrande (PSB) e o secretário de Estado de Educação (Sedu), Vitor de Angelo, que participou a partir de Brasília.
Na avaliação geral do Ideb, considerando os ensinos fundamental I e II e o ensino médio, no conjunto das redes municipais, estadual, federal e privada, o Espírito Santo ficou empatado com Goiás, ambos com nota 4,8. Considerando apenas as redes estaduais de cada unidade da federação, o ES fica em segundo lugar (4,6), atrás de Goiás, que alcançou 4,7.
Ao avaliar separadamente, no entanto, o comportamento da rede estadual capixaba de ensino médio e o comportamento do conjunto das escolas de ensino médio de todas as redes – do qual a rede estadual responde por 87% das matrículas – verifica-se que as escolas gerenciadas pelo governo do Estado melhoraram mais o seu desempenho que as demais. Enquanto o Ideb total subiu de 4,4 para 4,8, o da rede estadual subiu de 4,1 para 4,6.
O secretário Vitor de Angelo também destacou o fato de que, em 2018, o índice estava em queda. Assim, quando o governo Casagrande assumiu, teve poucos meses, de fevereiro a outubro de 2019, para reverter a tendência de redução e ultrapassar a avaliação feita em 2017.
“Para nós é um dia especial, pois o Espírito Santo está em primeiro lugar, junto com Goiás, em relação ao Ensino Médio do Brasil. Juntando todas as escolas privadas e públicas, estamos em primeiro. Um dado muito importante e queria agradecer a toda comunidade escolar, nossa equipe da educação e todos os servidores. As diretrizes do governo no que é essencial, como a luta pela inclusão e a diminuição da evasão, a melhoria da qualidade do ensino e da infraestrutura, foram fundamentais para alcançarmos esses números”, declarou o governador.
Segundo Vitor de Angelo, os dados apontam que o Espírito Santo teve o maior índice no componente proficiência com a melhor aprendizagem, tanto em Matemática quanto em Português, saltando de 4,77 para 5,05. “Continuamos na liderança em Português e em Matemática, pela primeira vez, ultrapassamos em aprendizagem com a nota 5 na escala do Saeb [Sistema de Avaliação da Educação Básica]”, indicou.
O fluxo do Espírito Santo ficou em 0,9, ou seja: 90% dos alunos matriculados foram aprovados e os outros 10% ou foram reprovados ou evadiram. Uma melhora em relação à avaliação de 2017, que ficou em 0,86, o que coloca o Estado em quarto lugar no ranking nacional, juntamente com Paraná e Tocantins, atrás de Goiás e Pernambuco, que estão em primeiro, com 0,95, de Ceará, em segundo, com 0,94, e de São Paulo e Maranhão, em terceiro, com 0,91.
O Espirito Santo se destacou como como o estado com mais percentual de escolas que alcançaram a maior faixa de classificação do Ideb: 20% delas ficaram com nota acima de 5,2. Juntando as duas maiores faixas de classificação, incluindo então as que tiraram nota acima de 4,2, empata novamente com Goiás, tendo 97% de suas escolas públicas estaduais de ensino médio com nota superior a 4,2. Além disso, não há nenhuma escola na menor faixa de avaliação, com notas inferiores a 3,1.
Metas ainda não foram atingidas
Apesar da performance, o Estado não alcançou as metas estabelecidas pelo governo federal, tendo, no entanto, chegado mais perto delas. Em 2019, a meta foi de 5,3, tendo sido alcançado 98%, mais do que em 2017, com nota 4,1, correspondendo a 93% da meta de 4,4.
“Mesmo não atingindo a meta, temos mais de 90% das nossas escolas com resultado numa faixa boa no desempenho da avaliação. Noventa e sete por cento das escolas estão enquadradas em faixas mais altas do Ideb. Bom também verificar que em aprendizagem o Espírito Santo é o primeiro colocado, com as melhores notas em matemática e português. Perdemos pra Goiás no fluxo, mas estamos em primeiro lugar na aprendizagem”, sintetizou o governador.
Entre ações empenhadas em 2019 para melhorar os indicadores do Ideb, que foram entregues em queda pelo governo anterior, Casagrande e Vitor de Angelo salientaram o maior investimento nas superintendências regionais identificadas como mais deficitárias, sobretudo Cariacica e Carapina. “Quadruplicamos os repasses de recursos para as escolas”, disse o governador, referindo-se a um valor de mais de R$ 64 milhões.
Também foram feitas supervisões escolares mais frequentes e ministradas aulas de reforço de Português e Matemática, com contratação de mais professores ou pagamento de horas extras para os já atuantes, complementou o secretário.
Avanços no Ensino Fundamental Público
Segundo apresentado pelos dois gestores, o Espírito Santo seguiu o ritmo de avanço também no Ensino Fundamental público, reduzindo as desigualdades entre o ensino público e o privado. De acordo com os resultados, a rede pública estadual alcançou nos Anos Iniciais a nota de 6,1 (sendo que a meta era 5,7) e, nos Anos Finais, o índice de 5,0 (superando a meta que era 4,8).
Idebes
Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do Espírito Santo (Idebes) 2019, divulgados pelo Governo do Estado no início de 2020, mostraram que os indicadores do Ensino Médio no Estado avançaram em relação ao ano anterior. Em 2018, o indicador capixaba foi de 4,10 e, neste ano, o índice subiu para 4,42, o melhor dos últimos quatro anos. O Idebes indica o nível da qualidade da aprendizagem dos alunos do Ensino Médio capixaba.
Ideb
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para monitorar o desempenho da educação no Brasil. Ele relaciona o desempenho dos estudantes em avaliações externas de larga escala (Saeb) com os dados de fluxo escolar. No Brasil o monitoramento das escolas e das redes de ensino é realizado por meio desse indicador. Variando de 0 a 10, quanto maior o desempenho dos estudantes e maior o número de estudantes aprovados, maior será o Ideb.
O cálculo obedece a seguinte fórmula: as notas das provas de Língua Portuguesa e Matemática são padronizadas em uma escala de 0 a 10. Depois, a média dessas duas notas é multiplicada pela média do fluxo, que vai de zero a 100 e corresponde ao percentual de alunos aprovados no universo total de matrículas feitas no período. Ou seja, no caso do fluxo medido em 2019, de 0,9, significa que 90% dos matriculados foram aprovados.