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Secretários decidem não retomar aulas presenciais em fevereiro. Ufes também começa o ano com ensino remoto

Coletivos de professores receberam de maneira positiva a notícia de que as aulas presenciais não retornarão em fevereiro nas escolas municipais de Cariacica, Vila Velha, Vitória e Serra, na Grande Vitória. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (14), durante reunião dos secretários de Educação dos quatro municípios. Também foi aprovada na reunião a criação de um comitê unificado, com instituições representativas de classe, Conselhos Municipais de Educação, Fóruns de diretores, Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e representantes da saúde.

Os secretários argumentam que o retorno presencial é inviável porque os insumos adquiridos para adequar as escolas não serão entregues em janeiro; não foi fornecida formação para os profissionais da educação; o mês de fevereiro tem apenas 13 dias letivos; e a produção das vacinas tem um quantitativo limitado, ou seja, mesmo priorizando os profissionais da educação existe um tempo para que se concretize. 

O Coletivo Educação pela Base acredita que a decisão é acertada. De acordo com um de seus integrantes, o professor Antônio Barbosa, o grupo defende que o retorno presencial deve ser feito somente após a vacinação. Quanto à proposta de criação do comitê, ele destaca que é preciso saber como vai ser a dinâmica. “Falaram em representantes de conselhos de educação, mas não basta ter um representante do conselho. Todos integrantes do conselho devem participar para que abarque o maior número de representatividade possível, como pais, professores, comunidade científica, etc”. 
O integrante do coletivo Resistência & Luta Educação, Swami Bérgamo, também defende que o comitê seja de fato um espaço de representação da sociedade. “Não dá para ficar ouvindo dono de escola particular como tem sido feito”, critica. Para ele, é necessário que a decisão tomada pelos secretários sirva de exemplo para o governo Renato Casagrande (PSB). “É priorizar a preservação da vida. Que eles também cobrem do governo Federal um plano de vacinação que priorize os profissionais da educação e demais grupos”, defende. 
Ufes manterá ensino remoto
Créditos: Divulgação

Também nesta quinta-feira a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) divulgou que as atividades de ensino da graduação e da pós-graduação serão retomadas de forma remota, a partir de 1º de fevereiro de 2021, quando se inicia o segundo semestre letivo especial 2020/02, por meio do modelo Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial (Earte). Segundo a universidade, o modelo remoto também se aplica às atividades administrativas, exceto as previstas em lei, consideradas essenciais. 

“A decisão da Administração Central considera o dever da Universidade de proteger o direito à vida da comunidade universitária, os dados epidemiológicos registrados pelas autoridades sanitárias nas últimas semanas no Espírito Santo e os principais indicadores de evolução da pandemia no estado, que embasaram o parecer do Comitê Operativo Emergencial (COE). Também observa as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde de adoção de medidas de distanciamento e isolamento social como formas de diminuir a propagação da COVID-19”, diz a Ufes por meio de nota. 

Poderão ser realizadas em formato híbrido ou presencial apenas as disciplinas teórico-práticas e/ou práticas e os estágios curriculares obrigatórios dos cursos de Medicina, conforme dispõe a Portaria 1.030, do Ministério da Educação. Os demais cursos da área da saúde devem privilegiar ofertas no formato remoto e, em caso de impossibilidade de adaptação das disciplinas práticas, teórico-práticas e estágios curriculares obrigatórios para o formato remoto, requerer da concedente a assinatura de termo de observação dos protocolos de biossegurança da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.

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