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Secretária de Educação mantém exoneração de diretora de CMEI de Vitória

Decisão ignorou questionamentos dos pais, que apontam como autoritária atitude de Juliana Roshner

A secretária de Educação de Vitória, Juliana Roshner, não irá reverter a exoneração da diretora Fátima Luzia Sezana, do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Luiza Pereira Muniz Corrêa, no bairro Mário Cypreste. A decisão foi reiterada em reunião com os pais de alunos, contrários à medida. Uma nova eleição será realizada para o cargo, como informou a gestora, mas ainda sem previsão de data.

Insatisfeitos com a exoneração, os pais solicitaram uma reunião com a Secretaria Municipal de Educação (Seme), porém, como afirma a autônoma Monalisa Souza Rocha, mãe de estudante do CMEI e integrante do Conselho de Escola, a que ocorreu nessa segunda-feira (13) não foi em atendimento ao pedido, e sim ocorre de praxe todo início do ano letivo. Os pais aproveitaram a ocasião para externar o descontentamento com a saída da diretora.

Segundo Monalisa, Fátima foi exonerada sem que os pais fossem avisados da decisão, que deveria ser feita somente por meio de solicitação da Seme para o Conselho, mediante situações de má gestão de recursos públicos ou prejuízo do processo ensino-aprendizagem, conforme consta na Resolução 02/2017, do Conselho Municipal de Educação de Vitória (Comev). Outra queixa é a de que, ao ser questionada sobre o motivo, a Seme deu respostas “desencontradas” e sem entrar em detalhes.
As respostas “desencontradas” foram mantidas na reunião. Monalisa relata que Juliana Roshner alegou que a exoneração se deu “por algo gravíssimo contra Fátima”. Ao ser questionada, alegou que a ex-diretora “não fez os trâmites necessários para transformar a unidade de ensino em escola de tempo integral”. Mas não apontou o que ela teria deixado de fazer, mesmo diante da insistência dos pais.

Juliana também chegou a citar como uma falha o fato de, uma vez, ao entrar na unidade de ensino, ter encontrado uma barata morta na sala de aula, acrescenta a integrante do Conselho de Escola.

Ela também conta que Juliana afirmou que o cargo de diretor “é de exclusividade do prefeito”, cabendo a ele “colocar e exonerar quem ele quiser”. Além disso, que o diretor interino, José Rodrigues de Oliveira Filho, prosseguirá na função até que uma nova eleição aconteça. Para Monalisa, a atitude da secretária é “autoritária”.
Logo que a exoneração foi anunciada, outros argumentos. A Seme disse que Fátima havia deixado um “rombo” de cerca de R$ 80 mil. Entretanto, segundo Monalisa, havia uma verba disponibilizada para a escola e que foi utilizada para a reforma, com rampa, piso antiderrapante e outras iniciativas de acessibilidade para pessoas com deficiência. Ela defende que, se há verba, tem que ser usada, e afirma que a gestão municipal gosta de diretor que “senta e assina documento”. Depois, foi dada uma nova justificativa, de que a diretora não tem perfil para escola de tempo integral.

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