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‘Toda a rede pública retorna até 1º de março em regime presencial ou hibrido’

Vitor de Angelo anunciou que cada município decide quais séries retornam e que famílias podem manter ensino remoto

Assessoria de Imprensa/Sedu ES

Todas as redes públicas do Espírito Santo retornarão às aulas em regime presencial ou híbrido entre os dias três de fevereiro e primeiro de março, cabendo a cada município decidir a data específica, dentro desse limite, e qual ou quais anos (séries) ou mesmo atividades do ensino fundamental irão retornar de forma híbrida ou presencial, podendo os demais anos/séries continuarem remotamente nesse primeiro trimestre de 2021.

A informação foi transmitida em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (28), entre o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação no Espírito Santo (Undime-ES), Vilmar Lugão, e os secretários municipais de Serra, Alexandre Bermudes, de Vila Velha, Fabiana Kauark, de Vitória, Juliana Roshner, de Cariacica, José Roberto Martins Aguiar, e de Viana, Luzian Belisário dos Santos.


“Os municípios têm total liberdade para decidir o formato. Vila Velha por exemplo vai voltar apenas com o nono ano. Agora, independentemente do modelo de cada rede, a decisão consensual é que é importante retomar as aulas presenciais, observando os protocolos de biossegurança e tendo o Mapa de Risco como referência”, informou Vitor de Angelo, ressaltando que a rede estadual vai começar no dia quatro de fevereiro em formato híbrido.
Sobre o direito de escolha das famílias, o secretário estadual lembrou que em 2020 a Sedu chegou a afirmar que a presença dos estudantes seria obrigatória, posição que foi modificada. “Vai permanecer o direito de escolha. A rede estadual disse que não teria opção, mas isso foi dito no ano passado, em um contexto diferente de pandemia”, disse, explicando que a mudança de posição se deu função de entendimentos com a Defensoria Pública e o Ministério Público estaduais.
Pesquisa
O presidente da Undime-ES ressaltou que no Brasil, já são 40 semanas sem aulas, o que é o dobro da média de outros países, em torno de 22 semanas com aulas suspensas em função da pandemia.
Vilmar Lugão informou que 60% dos gestores municipais de Educação são novos, em decorrência das eleições de 2020, e destacou alguns dados da pesquisa realizada pela Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes) em parceria coma Undime, informando que os últimos dois municípios que ainda não haviam respondido, o fizeram nesta quarta-feira (28).
O questionário teve mais de 40 questões, dividido em quatro grandes eixos: qual o formato de retorno (presencial, remoto ou híbrido); qual a proposta para o início do ano; as especificidades da modalidade creche/ensino infantil; e sobre aquisição de insumos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Segundo Vilmar Lugão, 94% dos municípios afirmaram já ter instituído seus comitês, locais ou municipais, para gestão da pandemia. Dos 78, 92% responderam que retornam em fevereiro e 7% em março. Quinze por cento ainda não definiram de que forma voltarão; três municípios definiram retorno presencial, 24 pelo ensino remoto e 35 pelo sistema híbrido.
Sobre as creches, a pesquisa mostrou que 26% disseram que retornam em regime semipresencial ou presencial; 27% não retornam e mais de 40% não decidiram ainda.
O presidente da Undime-ES disse ainda que oito municípios estão com problemas na aquisição de insumos, principalmente devido a problemas com o processo licitatório e pela demora na entrega por parte das empresas vencedoras da licitação.

Avaliação diagnóstica
Sobre a avaliação diagnóstica dos estudantes, Vitor de Angelo disse que ela foi prejudicada em 2020 devido a baixa presença dos alunos das escolas, cuja reabertura foi autorizada pelo governo do Estado a partir de setembro. Por isso, ela será repetida em 2021 na rede estadual.
“No primeiro trimestre, vamos retomar conteúdo de 2020 e fazer avaliação diagnóstica. A partir do resultado dela, passaremos, no segundo e no terceiro trimestres, aos conteúdos curriculares de 2021 e às atividades de reforço e recuperação que a avaliação diagnóstica nos trouxer como importantes de serem feitas. É muito importante a participação dos alunos nesse processo. Nosso planejamento é ter a participação de todos os alunos”.
Vilmar Lugão disse que a Undime-ES negocia uma parceria com o Estado e com a Universidade Federal de Juiz de Fora para fazer auxiliar na avaliação diagnóstica das redes municipais. Mesmo com as parcerias, ressalvou, não será um processo simples, “porque necessita de acesso [à internet], mas com o retorno das aulas presenciais, vai ser possível utilizar os laboratórios e internet das escolas”.

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