Na unidade Elza Lemos Andreatta, em Vitória, todos alunos deverão comparecer presencialmente na próxima segunda-feira
Profissionais da educação estão apreensivos com o fim do revezamento de alunos do Ensino Médio na escola estadual Elza Lemos Andreatta, na Ilha das Caieiras, em Vitória. Eles relatam que a direção comunicou que, a partir da próxima segunda-feira (5), todos estudantes deverão comparecer presencialmente às aulas, o que, como apontam, contraria o Plano de Retorno às Aulas Presenciais da Rede Pública Estadual de Ensino do Espírito Santo.
Nesse documento, consta que o retorno das atividades presenciais será “de forma gradual, em etapas e com revezamento, alternando momentos presenciais e não presenciais, e com um número menor de estudantes por turma/sala, considerando o distanciamento físico e as medidas sanitárias previstas na Portaria Conjunta Sedu/Sesa nº 01-R/2020”.
O regime de revezamento, segundo o documento, “consiste na alternância semanal, onde cada turma é dividida em 50% de estudantes em estudos presenciais e 50% não presenciais, por meio das APNP [Atividades Pedagógicas Não Presenciais] e dos recursos disponibilizados pelo
Programa EscoLAR”.
De acordo com o relato de um profissional da educação que trabalha na unidade de ensino, não houve nenhuma justificativa por parte da escola do porquê do fim do revezamento. “É uma atitude que vai expor muito mais os trabalhadores e estudantes aos riscos da Covid-19. Por isso, estamos apreensivos”, ressalta.
Outro profissional afirma que são cerca de 10 turmas de Ensino Médio no Elza Lemos Andreatta. Em cada uma, no esquema de revezamento, é permitido permanecer no máximo 20 alunos. Um dos questionamentos feitos pelos trabalhadores envolve a possibilidade de os estudantes comparecem em grande número. “Caso ultrapasse o limite de 20, como irão fazer? Mandarão de volta para casa? Dividirão a turma em duas salas?”, indaga.
O educador
se queixa do fato de que os procedimentos a serem feitos não foram explicados pela escola, o que demonstra “falta de diálogo e transparência”.
Outro problema, afirma, é que no caso de turmas terem que ser divididas em mais de uma sala, aumentará a sobrecarga de trabalho dos docentes.