De acordo com representação recebida pela Procuradoria, uma das duas questões discursivas da prova era igual a uma aplicada no ano anterior do certame, bem como houve suspeita de vazamento de pelo menos uma das questões. Além disso, o prazo para entrega da documentação de proficiência de língua estrangeira foi prorrogado apenas para os que teriam passado para a segunda etapa do concurso, diferentemente do que previa o edital publicado.
A divulgação prévia de questões de concursos públicos que serão realizados viola os princípios da isonomia (os candidatos devem disputar em iguais condições), da moralidade (não é permitido favorecimento algum) e o dever de sigilo (da confidencialidade em relação ao teor da avaliação), o que contamina toda a prova e não apenas as questões não inéditas.
A recomendação, assinada no dia 7 de dezembro pela procuradora da República Elisandra de Oliveira Olímpio, pediu, além da suspensão do processo seletivo e da consequente divulgação do resultado previsto para a última sexta-feira, o envio de informações quanto aos fatos no prazo de cinco dias pela universidade. Após o recebimento da documentação, o MPF-ES vai analisar as medidas cabíveis.