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União dos Conselhos de Educação pede interdição de escola em Sooretama

Escola confirmou três profissionais infectados, em trabalho presencial de preparação para retorno das aulas

A União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação do Espírito Santo (Uncme-ES) peticionou a interdição de uma escola em Sooretama, noroeste do Estado, em função da confirmação de três profissionais infectados com Covid-19 num intervalo de dois dias.

Os trabalhadores atuavam nas dependências da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor Alberto Stange Júnior, dedicados aos preparativos para o retorno das aulas presenciais, agendado para a próxima segunda-feira (5).


A petição da Uncme foi feita nesta quarta-feira (30) ao procurador-geral do município, Adelson Cremonini do Nascimento, atendendo ao pedido de orientação e ajuda por parte do Conselho Municipal de Educação, ao tomar conhecimento da tripla contaminação na escola.
“A presença dos profissionais na escola, bem como a realização de aulas presenciais, após essa constatação, pode contribuir para um processo de replicação de alta monta, pois em Manaus apenas quatro infectados disseminaram variantes e cepas”, argumenta o presidente da Uncme, Júlio César Alves dos Santos.
Além do pedido de interdição, a entidade também orientou que todos os trabalhadores da EMEF sejam testados, seguindo as recomendações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), para que a cadeia de transmissão do vírus no local seja interrompida.
A exposição a que já ficaram os demais profissionais na escola e os próprios familiares dos infectados estabelece um estado de atenção, alerta Júlio César. “As mudanças e alterações genéticas do vírus SARS-Cov-2, de cujas mutações podem decorrem em diversas variantes; em linhagens, que se configuram como conjunto de variantes às vezes não identificadas de imediato; e em cepas, que se conformam em um grupo de variantes dentro de uma linhagem”, detalha.
“Os protocolos não estão sendo cumpridos, não houve preparação da estrutura física das escolas. O risco moderado, na maioria dos municípios, não significa que o vírus não esteja circulando de forma perigosa”, ressalta, em consonância com as advertências feitas por entidades de referência nacional, como a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

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