A juíza da 39ª zona eleitoral de Pinheiros, norte do Estado, Elaine Cristine Carvalho Miranda, determinou nessa quarta-feira (14) a suspensão da divulgação dos resultados de uma pesquisa realizada no município. A Justiça constatou que o levantamento não está de acordo com o determinado na legislação.
Na nota fiscal juntada aos autos a Câmara de Linhares aparece como pagante da pesquisa. ???Tal circunstância é, no mínimo, estranha, eis que se tal nota não foi emitida de forma equivocada, ter-se-ía feito uma pesquisa eleitoral paga por um poder o qual sequer integra a municipalidade de Pinheiros, não havendo, a princípio, qualquer justificativa legal para se arcar com tal pesquisa eleitoral???, sustenta a juíza na sentença.
A ação foi interposta pela coligação ???Frente a Mudança Está em Nós??? , do candidato Arnóbio Pinheiro Silva (PRB) contra o instituto de pesquisa Perfil Ltda e Editora O Ponto Jornalismo e Publicidade. A coligação entende que a pesquisa estaria beneficiando o candidato do PMDB, Tico Gagno (PMDB).
Mas a confusão não ficou só na questão da nota fiscal. Um grupo de pessoas chegou a ser conduzida para a delegacia por causa do levantamento. A acusação é de que os dados da pesquisa estariam sendo usados para mapear os eleitores que votam em um candidato de oposição ao candidato do PMDB, Tico Gagno, que posteriormente seriam visitados e convencidos a trocar de candidato.
A eleição em Pinheiros está repleta de denúncias de em relação à candidatura peemedebista, que é apoiada pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Gildevan Fernandes, cunhado de Gagno. No início da semana causou polêmica o apoio declarado do presidente do Incaper, Marcelo Suzart de Almeida, usando a autarquia, o que é ilegal, para pedir voto para o candidato do PMDB.