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Ministério Público abre investigação contra candidatos eleitos em três municípios

Logo depois de encerrada a votação no último domingo (2), o Ministério Público Eleitoral (MPE) iniciou uma série de investigações contra os candidatos eleitos em três municípios capixabas. As promotorias locais estão abrindo procedimentos para apurar suspeitas de compra de votos, financiamento irregular de campanha e de abuso do poder político. No decorrer desta semana, foram deflagradas investigações em Irupi (região Caparaó), Iconha (região sul) e Linhares (região litoral norte).

No primeiro município, o alvo da investigação é o prefeito reeleito Carlos Henrique Emerick Storck (PSDB). O órgão ministerial apura denúncias de suposto abuso do poder político pelo tucano, que teria se aproveitado de uma liminar judicial para firmar um acordo com alguns servidores (técnicos de enfermagem) para receber apoio político. Segundo a denúncia recebida na promotoria, o prefeito estaria transferindo de função os servidores que não o apoiassem.

Em outro procedimento, o MPE investiga se Carlos Henrique pagou pela utilização de máquinas para terceiros, conforme gravação de uma conversa entre dois moradores que chegou ao conhecimento do Pardal (sistema de denúncia da Justiça Eleitoral). Ambas as investigações são conduzidas pelo promotor eleitoral da 18ª Zona Eleitoral de Iúna e Irupi, Daniel de Andrade Novaes.

Já em Iconha, a Promotoria Eleitoral da 35ª Zona está apurando a suposta participação de candidatos na entrega de casas populares. A conduta é vedada pela legislação, cabendo a aplicação de sanções desde o pagamento de multa até a cassação do diploma, caso tenha sido eleito. Entre os investigados estão os vereadores eleitos Fernando Volponi (PSB) – mais bem votado no pleito – e Zé Marconsini (PMDB). Também são alvo da apuração, Clovis Bentiví (PMN), primeiro suplente de vereador, e o candidato a prefeito derrotado, Marquinhos da Padaria (PSB).

No município de Linhares, o promotor de Justiça, Fernando César Ferreira Petrungaro, da 25ª Zona Eleitoral, instaurou procedimentos preparatórios para apurar inconsistências no financiamento eleitoral de candidatos a prefeito e vereador: “As ocorrências identificadas, a partir do cruzamento entre dados de receitas e despesas da campanha eleitoral de 2016, disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em seu portal eletrônico, e os dados em poder dos órgãos de controle, apontam, em princípio, a existência de irregularidades no financiamento da campanha”, narra um trecho comum a todas as portarias.

Entre os investigados está o prefeito eleito Guerino Zanon (PMDB), que é atualmente deputado estadual. Também foram listados sete dos 13 vereadores eleitos (Ricardinho da Farmácia e Joel Celestrini, ambos do SD; Amantino, do PMDB; Estefano Silote, do PHS; Gelson Suave, do PSC; e Marcelo Pessoti, do PPS; e Rogerinho do Gás, do PRP).

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