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PMDB acusa juiz eleitoral de Cachoeiro de ser parcial ao barrar candidatos do partido

Por ter barrado três candidaturas a vereador do PMDB, sob o argumento de que os candidatos não teriam “escolaridade mínima”, o juiz eleitoral da 2ª Zona de Cachoeiro de Itapemirim, George Figueira, foi denunciado pelo partido à Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral. O PMDB cachoeirense entende que o juiz agiu de  “forma tendenciosa”.

José Carlos Gambarini, que defende  o PMDB, declarou que o magistrado “é petista declarado”  e teria sido de forma “parcial”. Ele relembrou que em dezembro de 2008, na cerimônia de diplomação do então prefeito eleito Carlos Casteglione (PT), o juiz George Figueira pré-julgou ao dizer publicamente que “nenhuma impugnação iria prosperar contra o prefeito diplomado”, antecipando juízo sobre várias ações contra a posse  de Casteglione, por suposta  compra de votos às vésperas da eleição daquele ano.

Gambarini diz que se revoltou porque o juiz eleitoral rejeitou o registro de três candidatos do PMDB, sob a alegação de que seriam  “analfabetos”, sendo que eles movimentam conta bancária e têm habilitação para dirigir, “o que não seria consentido a quem é analfabeto”.

Segundo o defensor do PMDB, apesar de eles requererem de próprio punho e legivelmente seu registro, “o juiz George Figueira submeteu nossos candidatos ao constrangimento de fazer teste de alfabetização no Centro de Educação para Jovens e Adultos. Um deles, mesmo obtendo nota 30% em Língua Portuguesa, teve o registro indeferido. Foi preciso interpor recurso ao TRE para liberar essa candidatura”.

“Ora, a lei exige que o candidato saiba ler e escrever, mas não que tenha o domínio pleno da Língua Portuguesa. Esse magistrado tendencioso precisa entender que é alfabetizado quem sabe ler e escrever razoavelmente, ainda que com embaraços de gramática. Imagina quantos outros candidatos humildes esse juiz humilhou nestas eleições…”, questionou José Carlos Gambarini.

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