O debate promovido pela TV Vitória, na noite desse domingo (25), não chegou a empolgar as militâncias partidárias e tampouco os eleitores. Os candidatos pareciam estar mais focados em se proteger e estudar os adversários a partir para um confronto mais duro. Mas houve espaço para algumas alfinetadas. O debate aconteceu no auditório da faculdade Estácio de Sá, em Jardim Camburi, e foi acompanhado pelas militâncias dos candidatos e assessores.
Foram convidados para o debate o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), que disputa a reeleição; o deputado estadual Amaro Neto (SD), o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) e o candidato do PT, Perly Cipriano. O candidato do PSOL, André Moreira, não foi convidado sob a alegação de que o partido não tem a representação mínima na Câmara dos Deputados (mais que nove parlamentares). Ele acompanhou de casa o debate ao lado da candidata a vice, Brice Bragato. Usaram as redes sociais para fazer comentários durante o debate.
O momento mais tenso do debate foi durante o questionamento da presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB-ES, Verônica Cunha Bezerra. A advogada perguntou ao candidato Amaro Neto se ele assinaria o Pacto Pela Juventude, já assinado por outros candidatos que concorrem à prefeitura de Vitória.
O candidato se queixou da postura da OAB, contrária à sua candidatura e disse que se não assinou foi por falta de tempo e atropelos da campanha, mas que assinaria naquele momento se o documento ali estivesse. O auditório ensaiou uma manifestação, que foi contida pela organização do debate. Mesmo assim, a situação foi suficiente para que o candidato demonstrasse desconforto.
Em vários momentos do debate foi possível ver uma aproximação de Lelo e Amaro contra o prefeito Luciano, com perguntas e respostas à atual gestão. Luciano Rezende reagiu mais para cima de Lelo Coimbra do que de Amaro. Enquanto o peemedebista atacava os problemas da atual gestão, sobretudo na área da Saúde, o prefeito rebatia com dados de pesquisas nacionais sobre a cidade. Ele também tentava desqualificar Lelo, insinuando que ele seria “turista eleitoral”, vindo a Vitória apenas no período da eleição para pedir votos.
Perly Cipriano fez a defesa do legado do partido na cidade, mas não chegou a incomodar os demais adversários. Ao final do debate, em entrevista, lamentou a ausência do candidato do PSOL, que não foi convidado pela emissora.