Uma figura sempre tradicional e participativa nas disputas municipais, a senadora Rose de Freitas (PMDB) decidiu manter distância das eleições deste ano. Um fato curioso, se considerarmos que a peemedebista já chegou a ter 40 prefeitos em seu leque de influencia no interior do Estado. Municípios que ela ajudou com emendas e ou facilitando o trânsito dos prefeitos aliados em Brasília.
Com uma votação bem expressiva em Vitória na eleição ao Senado em 2014, a parlamentar chegou a ser cogitada como uma possível candidata a prefeita, no início das articulações na Capital. Mas com a definição dos candidatos, esperava-se uma posição mais efetiva da parlamentar.
No início do processo, Rose chegou a declarar apoio ao ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). Mas com a desistência do tucano do pleito, Rose também mergulhou. Em 2014, Rose conquistou 66.771 dos 776.974 votos que conquistou no Estado, em Vitória, onde foi a mais bem votada, superando, inclusive, o ex-prefeito João Coser (PT) na cidade que o petista governou por duas vezes.
Com a entrada de Lelo Coimbra na disputa pelo seu partido, esperava-se a participação da senadora no palanque do deputado federal, mas eles nunca foram grandes aliados, mesmo sendo do mesmo partido.
Mas não foi só a senadora que passou ao largo da eleição deste ano. Seus colegas de bancada também tiveram um comportamento distante ou pouco participativo. O que é mais complicado, afinal as cadeiras de Ricardo Ferraço (PSDB) e de Magno Malta (PR) estarão em disputa daqui a dois anos.
Presidente do PR no Estado, Malta teve um desempenho muito ruim do partido nas disputas deste ano. Por enquanto, tem apenas um prefeito, com a vitória ainda não pacificada de José Luiz Mendes, em Ecoporanga. Isso enfraquece o senador para a disputa à reeleição em 2018. Ele entrou tardiamente em alguns cenários eleitorais, como o do antigo aliado Sérgio Vidigal (PDT), que pode ajudar no futuro.
Ricardo Ferraço também não entrou bem na disputa deste ano, fez algumas aparições pontuais e em Cachoeiro de Itapemirim, uma base importante para o pai Theodorico Ferraço (DEM) tentou ajudar o aliado do grupo Jathir Moreira (SD), sem sucesso. Para os meios políticos, o erro de Ricardo Ferraço foi anterior, ao escolher o PSDB como novo ninho, o que pode ser um fator negativo em sua busca pela reeleição em 2018.