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Advogado desiste de concorrer à vaga de desembargador do TJES

Rodrigo Júdice, que foi secretário estadual, alega compromissos no seu escritório de advocacia

Filho e neto de advogados conhecidos no Espírito Santo, respectivamente Fernando de Abreu Júdice e Macário Ramos Júdice, ambos já falecidos, Rodrigo de Abreu Júdice desistiu de concorrer, pela segunda vez, à vaga de desembargador no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) pelo Quinto Constitucional, privativo da advocacia.

Em nota nas redes sociais, o advogado, de 52 anos, que é procurador do Estado e foi procurador-geral e secretário de Meio Ambiente na gestão Paulo Hartung, explica sua decisão, o que gerou muitas mensagens de apoio.

O escritório profissional ao qual pertenço, Abreu Júdice Advogados, que em 2025 completará 50 anos, fundado pelo meu saudoso pai, tem me exigido muita atenção diante de compromissos assumidos. Embora tenha consciência das minhas reais chances, e ainda que incentivado por muitas pessoas e formadores de opinião a lançar-me como candidato, não me sinto, hoje, no momento adequado para dar esse passo adiante”.

Dirigindo-se à comunidade jurídica capixaba, ele ressalta que a decisão veio “após refletir, exaustivamente”, e que o lançamento da pré-candidatura tinha como objetivo “contribuir com o debate a respeito da relevância do cargo para os jurisdicionados”.

Em 2021, prossegue o texto, “concorri e obtive uma expressiva votação, além de ter vivenciado experiências valiosíssimas a partir de encontros diretos com advogados do Estado, oportunidade na qual observei suas angústias e anseios, principalmente o desejo de uma Justiça mais igualitária e respeitosa com as prerrogativas da advocacia”.

O advogado lembra que “assim vinha fazendo também nos últimos 30 dias, sendo sempre muito bem recebido diante do meu histórico profissional de militância efetiva na advocacia nos últimos 29 anos”.

E diz que a decisão não é porque “a importância do cargo tenha diminuído, tampouco a preocupação com a qualificação dos nomes que formarão as listas. Pelo contrário, continuarei acompanhando a disputa e o comportamento ético dos postulantes, na expectativa de que o pleito seja pautado na liberdade de escolha, no respeito mútuo e na estrita observância dos postulados constitucionais”.

No final da mensagem, Rodrigo Júdice “deseja à OAB-ES, na figura do seu presidente José Carlos Rizk, muita competência e zelo na condução desse processo. Ao TJES, rogo sabedoria, que lhe é peculiar, na escolha da lista tríplice, pois excelentes nomes colocam-se na disputa para exercer a relevante função de magistrado. Agradeço, por último, aos presidentes de subseção e aos advogados do interior que vinham me apoiando”.

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