Maria Nilce foi morta quando chegava a uma academia de ginástica na rua Aleixo Neto, na Praia do Canto
A motivação seria, conforme divulgado na época, o conteúdo das matérias que Maria Nilce escrevia no antigo Jornal da Cidade, dela e do seu marido, o também jornalista Juarez Magalhães. A colunista foi assassinada aos 48 anos, em 5 de julho de 1989, com três tiros, pela organização que ficou conhecida no Espírito Santo como “Sindicato do Crime”.
As investigações apontaram como mandante o empresário José Andreatta, que teria contratado o ex-policial civil Romualdo Eustáquio Luz Faria, o Japonês, e este, por sua vez, teria subcontratado dois pistoleiros para a execução, José Sasso e o ex-PM Cezar Narciso de Souza. A dupla de executores teria fugido com o auxílio do piloto de avião Marcos Egydio Costa e do também policial civil Charles Roberto Lisboa.
José Sasso morreu envenenado na cadeia e Marcos Egydio foi assassinado em Jacaraípe. Andreatta, Japonês, Lisboa e Narciso foram condenados, respectivamente, a 24, 15, 17 e 19 anos de reclusão. De todos eles, o único que nunca havia cumprido pena até hoje era Cezar Narciso de Souza.
Nas últimas semanas, os trabalhos se intensificaram e foram realizadas inúmeras diligências contando com o apoio de todos os integrantes da força-tarefa, o que culminou com sua prisão. Cezar Narciso não resistiu à abordagem dos policiais, sendo levado à Superintendência da PF e, depois, à penitenciário estadual.