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Comissão da OAB-ES vai acompanhar escolha de conselheiros no TCE

A Comissão de Combate à Corrupção e à Impunidade da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) anunciou que vai acompanhar o processo de escolha para conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Mesmo sem nenhuma vaga em aberto, o grupo se antecipou e se reuniu com outras entidades que também cobram o fim das indicações políticas para a Corte. Atualmente, dois conselheiros estão afastados por ordem judicial devido a envolvimento com corrupção.

Um dos conselheiros afastados Valci Ferreira já foi condenado pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) à perda do cargo, porém, a medida depende do trânsito em julgado do caso. Diante da eminência da abertura dessa cadeira, entidades da sociedade civil organizada se mobilizam para cobrar a adoção de critérios técnicos na escolha dos conselheiros. Caso a decisão seja mantida, a vaga de Valci deve ser preenchida por um nome indicado pela Assembleia Legislativa.

Em reunião realizada nessa quarta-feira (22), a comissão da OAB recebeu integrantes da Associação dos Auditores de Controle Externo do Estado (Ascontrol) e do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-ES) para discutir sobre as ações de acompanhamento do processo de indicação e escolha de conselheiros do TCE.

O presidente da Comissão, Vladimir Salles Soares, esclarece que é imprescindível o cumprimento incondicional dos requisitos previstos na Constituição Federal e Estadual, que versam sobre a idoneidade do candidato e requisitos objetivos, como o notório conhecimento das áreas do direito, economia, contabilidade e finanças, para ocupar uma vaga de conselheiro.

“A Constituição exige que o candidato tenha dez anos de efetivo exercício profissional nessas áreas, o que impede uma escolha com viés político que venha camuflar esses requisitos. A OAB-ES vai atuar para tornar público o perfil dos candidatos, e, se for necessário, exigir o cumprimento dessas condicionantes legais visando defender o interesse da sociedade”, salientou o advogado.

Para o presidente da Associação dos Auditores de Controle Externo do Estado, Rafael Lamas, “o TC tem um papel fundamental na aprovação de contas e na regular aplicação de recurso público, por isso a sociedade e entidades de classe precisam estar atentas à escolha de seus conselheiros para evitar que pessoas que não tem o compromisso com o dinheiro público ocupem a função”.

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