As irregularidades na votação teriam ocorrido no Centro de Detenção Provisória da Serra (CDPS)
O secretário de Estado de Justiça, André Garcia, exonerou a diretora do Centro de Detenção Provisória da Serra (CDPS), Chelsea Genevieve de Oliveira Moraes Fernandes, investigada pela Polícia Federal, juntamente com outros servidores públicos, por suspeita de coagir detentos para votar em determinados candidatos. O ato do secretário, publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (6), foi adotado em decorrência a operação da Polícia Federal.
Na manhã desta quinta-feira (5) a operação policial revelou irregularidades na atuação de servidores do Centro de Detenção Provisória da Serra, sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Eleitoral da Serra. As denúncias foram confirmadas pelos detentos, que envolveram mais quatro servidores públicos do presídio, onde teriam ocorrido as irregularidades durante s votação. . .
A relação dos investigados inclui, além de Chelsea Genevieve, seu marido, Karllo Alves Fernandes, que é presidente do Sindicato dos Inspetores Penitenciários do Espírito Santo, o – diretor-adjunto do CDPS, Pablo do Nascimento Estevão, Sóstenes Araújo, ex-diretor da Escola Penitenciária, e a servidora do presídio, Flávia dos Santos Silva Sobrinho.
Os suspeitos, segundo decisão da Justiça, não poderão manter contato entre si, com os detentos e com os mesários que atuaram durante o pleito eleitoral, segundo a decisão da Justiça. O objetivo das ações, além do cumprimento das ordens judiciais, é obter outros elementos de prova para a conclusão da investigação.
Os suspeitos responderão pela prática de coação eleitoral (art. 301 do Código Eleitoral) com pena que pode chegar a quatro anos de prisão. Eles poderão ser enquadrados por “usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos”, com pena de até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias de multa.