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Dois juízes são detidos em operação contra lavagem de dinheiro

Esquema investigado pelo MPES envolveria 34 pessoas, incluindo ainda advogados

Os juízes Bruno Fritoli Almeida e Maurício Camatta Rangel estão entre os detidos na manhã desta quinta-feira (1º) durante a “Operação Follow the Money”, deflagrada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central Norte), em cumprimento a mandados judiciais.

Bruno Fritoli continua preso no Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, e Maurício Camatta Rangel foi liberado com tornozeleira eletrônica. Bruno chegou a ser suspenso das funções em 2023, depois de oito anos de atuação nas comarcas de Barra de São Francisco e Ecoporanga, no noroeste do Estado, mas foi reconduzido por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Também estão presos os advogados Ricardo Nunes de Souza, Vicente Santorio Filho e José Joelson Martins de Oliveira, e são investigados Isaac Beber Padilha, Wisley Oliveira da Silva, Lucas Beber Padilha, Lucas Gonçalves da Silva e Vaguiner Coelho Lopes.

A ação do MPES visa agentes públicos e particulares envolvidos em possíveis delitos de organização criminosa (Lei nº 12.850/2013), lavagem de capitais (Lei nº 9.613/98), corrupção ativa e passiva, fraude processual e falsidade documental. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJES), atendendo a requerimentos do órgão ministerial contra 34 pessoas envolvidas no esquema, incluindo ainda advogados.

Com o apoio da Polícia Militar, a operação consiste no cumprimento de sete mandados de prisão preventiva, 30 de busca e apreensão, dois de afastamento funcional de agentes públicos, e 13 de suspensão do exercício da atividade profissional e de proibição de contato entre pessoas e de acesso às dependências de órgãos públicos, além de monitoramento eletrônico.

Segundo o MPES, as investigações colheram “evidências contundentes do envolvimento de agentes públicos, advogados e particulares em ações judiciais simuladas a partir de documentação falsa, direcionamento da distribuição dos processos e emissão indevida de alvarás, com indícios de recebimento de vantagem indevida e lavagem de ativos”.

Residências de investigados, locais de trabalho, dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema são alvos das diligências. Ao todo, nove membros do Ministério Público coordenam os trabalhos, auxiliados por 97 policiais.

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