A terceira, irmã da motorista que atropelou Luisa, não compareceu. Família da vítima espera decisão sobre júri popular
A audiência de instrução do caso da modelo Luisa da Silva Lopes, realizada nessa segunda (1º), na 1ª Vara Criminal de Vitória, no Centro, foi considerada positiva pela professora Adriani Luiza da Silva, mãe da jovem, que agora aguarda a decisão da Justiça se a corretora de imóveis Adriana Felisberto, que matou Luisa atropelada em Camburi, irá a júri popular. Ao contrário do que aconteceu na primeira audiência, em outubro de 2023, quando nenhuma das três testemunhas apareceram, duas delas, ambas policiais, prestaram depoimento. A terceira, irmã da motorista, não compareceu.
Adriana dirigia embriagada, acima da velocidade permitida, e vitimou Luisa fatalmente em frente ao Clube dos Oficiais, onde chegou a arrastar seu corpo por cerca de 40 metros. O crime aconteceu em abril de 2022. Sua irmã estava com ela no carro. Antes as duas tinham ido a dois bares, um em Jardim Camburi e outro no Triângulo, na Praia do Canto. “Acreditamos ser o júri popular a decisão mais justa para fazer a assassina pagar pelo crime cometido”, diz a professora, que aponta que a espera não é fácil. “A morosidade da Justiça é que nos deixa também em sofrimento, além da perda da Luisa”, lamenta.
Além das provas de que a corretora foi responsável pelo atropelamento, Adriani recordou as palavras ditas pela mulher que atropelou sua filha, que se preocupou muito mais com o estado em que se encontrava seu carro do que com a vítima, inclusive, referindo-se a Luisa com frieza e discriminação, ao proferir frases como “ela provavelmente era uma empregada doméstica sem importância” e “não quero saber dela, não”.
Em dezembro de 2022, foi inaugurado, no Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN) da Ufes, o prédio Luisa da Silva Lopes, dedicado ao Módulo III da Pós-Graduação, no campus de Goiabeiras. O nome foi uma escolha da própria comunidade universitária, por meio de edital cultural. Ao completar um ano do crime, foi realizada em frente ao Clube dos Oficiais uma nova manifestação pela memória de Luisa e por justiça. A mobilização foi organizada pela frente Justiça por Luisa Lopes, formada por familiares e amigos, além de coletivos de cicloativismo.
Audiência do caso Luisa Lopes está marcada para 1º de julho
https://www.seculodiario.com.br/justica/audiencia-do-caso-luisa-lopes-esta-marcada-para-1-de-julho
‘Diante de tantas provas, meu sentimento é de indignação’
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