Autointitulado “repórter investigativo”, Roque Saldanha é acusado de articular crimes contra as eleições
Seguiu nesta terça-feira (17) para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, o locutor Roque Saldanha, que se autointitula “repórter investigativo” nas redes sociais, acusado de articular atos criminosos contra o processo eleitoral e de participar do atentado golpista de 8 de janeiro, em Brasília. Ele foi preso na última sexta-feira (13), em Governador Valadares, Minas Gerais, quatro horas depois de fazer uma transmissão com o prefeito de Baixo Guandu, Lastênio Cardoso (Podemos), de quem é amigo.
No vídeo, Roque Saldanha, que nas postagens defendia o golpe de Estado, elogia o prefeito e faz críticas – sem citar o nome – ao ex-prefeito Neto Barros (PCdoB), seu adversário político, e chega lançá-lo, sem qualquer fundamento, candidato ao governo do Espírito Santo.
Em suas postagens, ele aparece muitas vezes armado e sempre questiona o resultado das eleições de 2022 e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), seguindo a linha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem é um dos apoiadores.
Roque Saldanha é conhecido em Baixo Guandu desde 2021, início da atual gestão municipal, apresentou eventos públicos e era visto em companhia do prefeito, que recentemente entrou em conflito por agressões verbais com o ex-prefeito Neto Barros, que também é presidente estadual do PCdoB estadual e ex-candidato a deputado estadual, ficando como suplente.
Os dois políticos trocaram agressões em redes sociais, tendo Neto Barros acusado o atual prefeito de ser falso religioso, apontando ainda om aumento de violência na cidade.
No dia 10, dois dias depois da invasão e depredação dos prédios do três poderes, no Distrito Federal, Roque Saldanha postou vídeo no qual diz que não está preso e que não teme ninguém. Ele se autoelogia, afirma ser conhecido internacionalmente, como “locutor, apresentador, repórter investigativo” e que “vários países” o acompanham.