O Espírito Santo caiu de primeiro para 9º lugar do ranking que mede o índice de transparência dos estados, de acordo com a Escala Brasil Transparente, da Controladoria Geral da União (CGU). Na gestão passada, o Estado chegou a liderar o ranking, porém, a CGU detectou uma queda na qualidade, além da demora na resposta aos pedidos de informação vindos dos cidadãos e da imprensa. A nova classificação é referente ao período entre os dias 1º e 24 de abril, durante a gestão do atual secretário de Transparência, o promotor licenciado Marcelo Barbosa de Castro Zenkner.
De acordo com a Escala, a nota do Estado caiu do patamar máximo (dez pontos) para 8,75, rebaixando o governo estadual no ranking. A lista dos estados mais transparentes é encabeçada pelos estados do Ceará e São Paulo (dez), seguidos do Paraná (9,72), Sergipe (9,31), Santa Catarina, Rio Grande do Sul (9,17), Distrito Federal e Goiás (8,89). Na outra ponta da lista, os estados menos transparentes foram: Rio de Janeiro (3,33) Amazonas, Pará (2,78), Mato Grosso do Sul (2,50), Maranhão (2,22), Amapá e Rio Grande do Norte (que ficaram com nota zero).
A metodologia de avaliação leva em consideração a regulamentação da Lei de Acesso à Informação (LAI) – regulamentada no Estado durante a gestão Renato Casagrande (PSB) – e a transparência passiva, que leva em consideração a disponibilidade e agilidade de cada ente tem para responder aos pedidos de informações formulados. Durante o período analisado, os pesquisadores do CGU enviaram questionamentos ao governo capixaba sobre as principais áreas sociais – saúde, educação e assistência social –, mas eles foram atendidos parcialmente, conforme o dado divulgado no site do órgão de fiscalização.
A queda no ranking do Estado foi alvo de críticas por parte do ex-governador, que mais uma vez utilizou as redes sociais para se posicionar. Casagrande questionou: “Cadê a informação que estava aqui?”. O socialista voltou a defender que a transparência é a melhor ferramenta de combate à corrupção. Ele atribuiu a queda ao atual governo Paulo Hartung (PMDB), que “respondeu com atraso ou de forma evasiva às demandas enviadas”.
Municípios pouco transparentes
A Escala também mede a transparência dos municípios brasileiros com uma amostragem de 465 cidades com até 50 mil habitantes, além de todas as 27 capitais. No Espírito Santo, foram selecionados sete municípios. Vitória registrou o melhor índice, com nota cinco (47ª colocação nacional). Boa Esperança recebeu a nota 2,5 (93º posição), enquanto os demais pesquisados (Laranja da Terra, Marilândia, Conceição da Barra, Baixo Guandu e Itapemirim) não saíram do zero, ou seja, não regulamentaram a LAI ou oferecem meios de solicitações de informações.
