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Ex-prefeito de Alegre vira réu em ação de improbidade

A juíza da 1ª Vara de Alegre (região Caparaó), Graciene Pereira Pinto, determinou o recebimento de uma ação de improbidade contra o ex-prefeito do município, Paulo Lemos Barbosa. Ele é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPES) de burlar a regra do concurso pública na contratação de três engenheiros em 2015. Neste processo (0000202-79.2017.8.08.0002), o político chegou a ter os bens bloqueados, mas a decisão de primeira instância foi revertida pelo Tribunal de Justiça. A defesa nega a prática de irregularidades.

Na decisão publicada nesta terça-feira (5), a togada considera que a petição inicial fornece elementos comprobatórios mínimos da prática dos atos ímprobos. Para Graciene Pinto, a aferição da presença ou não dos elementos necessários à condenação do réu deve ocorrer após a instrução processual. Ela determinou a citação da defesa para responder à acusação no prazo legal.

“Nesta fase, não se exige, um esgotamento da cognição acerca dos atos de improbidade administrativa, suas condutas, sujeitos ativos e respectivos nexos de causalidade, sendo suficiente um juízo superficial, porém fiel aos elementos de convicção já constantes dos autos”, justificou.

Na denúncia inicial, o MPES acusa o então prefeito pela contratação direta dos engenheiros sem prévia realização de concurso. O órgão ministerial sustentou que Paulo Lemos fez pagamentos acima do valor que era pago aos servidores efetivos na mesma função. Já a defesa do ex-prefeito justificou que a contratação temporária se fez necessária para manter a validade do Convênio firmado com a União. Ele também alegou que a remuneração foi posteriormente corrigida, com a redução ao patamar pago aos servidores concursados.

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