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​Governo e GV Bus devem apresentar plano de retorno dos cobradores em até 72h

A proposta seria de retorno, até o final de 2021, dos trabalhadores aos ônibus sem ar-condicionado

O governo do Estado, juntamente com o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus), tem um prazo de 72 horas, ou seja, até esta sexta-feira (24), para encaminhar ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) um termo de proposta indicando o retorno dos cobradores aos “ônibus quentes” (veículos sem ar-condicionado) até o fim de 2021. Esse foi o encaminhamento da audiência pré-processual entre o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Espírito Santo (Sindirodoviários), GVBus e a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi).

A audiência aconteceu nesta terça-feira (21). O Sindirodoviários tem até 29 de setembro para aceitar, rejeitar ou propor um novo acordo. Participaram o presidente do Sindirodoviários, Marcos Alexandre da Silva, acompanhado do advogado Rafael Burini Zanol; o representante da GV-Bus, Elias Baltazar, com o advogado Carlos Eduardo Amaral de Souza; o procurador do Estado, Luiz Carlos de Oliveira; e o secretário estadual de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno.

A audiência foi a segunda após a manifestação ocorrida em nove de setembro, na qual os trabalhadores reivindicaram o retorno dos cobradores. Na ocasião, eles se concentraram em frente à sede do Sindirodoviários, na Avenida Vitória, e seguiram em passeata e comboio de ônibus até o Palácio Anchieta, no Centro da Capital.

Para o presidente do sindicato, os cobradores são essenciais para auxiliar os passageiros em relação aos pontos de embarque, além de ajudar os motoristas, por exemplo, na entrada de pessoas com deficiência no transporte coletivo e com orientações nas manobras nos pátios dos terminais, garantindo a segurança das pessoas.

Os cobradores estão afastados de seus postos desde maio de 2020, quando em audiência entre o sindicato, a Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o Governo do Estado e empresas de ônibus, ficou acordado que a gestão de Renato Casagrande garantiria 20 meses de estabilidade para os trabalhadores. Com a ausência dos cobradores, os passageiros passaram a utilizar Cartão GV, o que, segundo argumentou o governo na época, evita o contágio da Covid-19 por meio do manuseio de dinheiro.
Os trabalhadores chegaram a anunciar a paralisação de 100% da frota, que seria em 13 de setembro. Entretanto, após diálogo com o presidente a Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), eles resolveram recuar da decisão. No mesmo dia para o qual estava marcada a paralisação, foi criada uma comissão de deputados estaduais para debater diretamente com o governador a manutenção do emprego dos cobradores de ônibus, sem a interferência do secretário Fábio Damasceno.

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