De acordo com o secretário de Transparência, Eugênio Ricas, em abril deste ano, servidoras da Sedu efetuaram pagamento a uma empresa prestadora de serviço no valor de R$ 609.809,16. Com menos de três horas, outro pagamento no valor de R$ 609.809,15 – pelo mesmo serviço – foi efetuado em uma segunda conta.
“Há fortes indícios de que estelionatários estavam cooptando os servidores para aplicação do golpe. Nosso trabalho agora é mapear todo o sistema de pagamento para ver se há outros casos e identificar se há envolvimento da empresa ou de funcionários e, em caso positivo, aplicar a Lei Anticorrupção”, destacou Ricas.
O corregedor da Sedu, Tarcísio Bobbio, ressaltou a corregedoria tem como objetivo apurar a responsabilidade das servidoras diante da fraude descoberta. “Vamos apurar e se houver mais envolvidos, teremos outras demissões. Não toleramos a prática de atos ilícitos. A Secretaria vem fortalecendo cada vez mais o combate à corrupção”, afirmou. Segundo ele, existem127 auditorias em andamento, além de 73 processos de afastamento de servidores.
A partir da descoberta, o Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), da Polícia Civil, vai iniciar o processo investigativo com quebra de sigilos, rastreamento do recurso desviado e a prisão dos envolvidos. Os nomes das servidoras exoneradas, bem como da empresa investiaga não foram revelados.