Durante sua exposição, Medeiros relatou as dificuldades enfrentadas para manter a sobrevivência do jornal, que completa 17 anos em abril próximo. O assédio processual é movido por setores do Judiciário e do Ministério Público local, cujas investidas têm o objetivo de inviabilizar a manutenção do jornal. Rogério Medeiros contou aos deputados que já foi condenado a três anos de prisão, em decorrência das ações – que ainda estão em fase de recurso. Em comum nos processos, não há qualquer referência aos fatos, mas sim a forma de noticiá-los.
O jornalista entregou a todos os parlamentares, além dos demais participantes da audiência pública, um documento narrando todo o histórico de perseguições, iniciadas a partir da cobertura da Operação Naufrágio – deflagrada no final de 2008 –, que revelou casos de venda de sentenças, nepotismo e fraudes em concursos públicos no Judiciário capixaba. Também são abordados os casos de liminares pela retirada de matérias do ar e de censura prévia, quando o jornal é proibido de citar nomes de pessoas ou narrar fatos por ordem judicial sob pena de multa.
Também participaram do debate, o diretor de Assuntos Institucionais da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert), Cristiano Lobato Flores, os jornalistas Marco Aurélio Flores Carone e Geraldo Elísio, respectivamente, proprietário e o editor do Novo Jornal, de Minas Gerais, além do representante do Sindicato de Jornalista do Distrito Federal, Marcos Urupá.
Confira abaixo a íntegra da audiência pública na Câmara dos Deputados (a participação do diretor de Século Diário começa a partir de 1h02 de vídeo):