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Juiz Sérgio Moro sugere a deputados capixabas que peçam convocação de delator ao STF

O juiz federal Sérgio Moro negou o pedido da CPI da Sonegação Fiscal da Assembleia Legislativa de convocação do ex-diretor da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, delator da Operação Lava Jato. Em sua resposta, ele justificou que a delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e sugeriu aos parlamentares que façam o pedido à Corte para esclarecer a denúncia do pagamento de propina para aprovação do fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap).

O ofício com a resposta do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba-PR deverá ser lido na próxima sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), marcada para esta segunda-feira (29). O presidente da CPI da Sonegação, deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), adiantou que vai pedir ao Supremo a convocação do delator. O depoimento chegou a ser marcado para a sessão do último dia 16, mas dependia do aval do Judiciário.

No documento, Moro também faz referência a outro pedido do Legislativo capixaba, desta vez, da CPI sobre o fim do Fundap – que havia pedido cópia da delação de Cláudio Melo. No relato à Lava Jato, o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht confessou que foram pagos R$ 4 milhões a senadores para garantir a aprovação do Projeto de Resolução 72/2010, ocorrida em 2012. A propina foi paga porque o fim do Fundap beneficiou os negócios da empreiteira no Porto de Santos (SP).

De acordo com Melo, o então presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, operou, pessoalmente, o pagamento de propina, que teria tido como principal intermediário o senador Romero Jucá (PMDB-RR), autor do Projeto de Resolução que acabou com os incentivos do Fundap.

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